Urgentemente

Governo será multado se não regularizar monitoramento de presos no Tocantins

A decisão liminar atende aos pedidos formulados pelo Ministério Público Estadual.

Por Redação
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03/11/2018 09h44 - Atualizado há 5 anos
Tornozeleira eletrônica

O Governo do Tocantins deve promover a normalização do sistema de monitoramento eletrônico de presos por meio das chamadas tornozeleiras eletrônicas em regime de urgência, sob pena de multa diária no valor de R$ 5 mil.

A decisão liminar da justiça proferida na madrugada dessa sexta-feira (02), atende aos pedidos formulados pelo Ministério Público Estadual (MPE).

A Ação Civil Pública que resultou na decisão judicial foi ajuizada pela 4ª Promotoria de Justiça da Capital, que também é responsável pelo monitoramento de cerca de 190 detentos que cumprem pena em prisão domiciliar em Palmas.

O controle é realizado por meio do Sistema de Acompanhamento de Custódia 24 Horas (SAC/24), que fiscaliza se os beneficiários da medida cumprem as condições da prisão domiciliar, no que se refere à permanência nos limites residenciais e à manutenção da tornozeleira plenamente operante.

De acordo com o Promotor de Justiça Alzemiro Wilson Peres Freitas, autor da ação, o SAC/24 é acessado remotamente, ou seja, pode ser controlado por qualquer computador conectado à internet.

Porém, desde o dia 31 de outubro de 2018, o sistema passou a redirecionar o usuário para uma nova página informando que o serviço de fiscalização foi interrompido em razão de suposto inadimplemento financeiro por parte do Estado do Tocantins.

A interrupção do acesso ao sistema de monitoramento tem abrangência estadual, uma vez que o controle engloba os municípios de Porto Nacional, Paraíso, Araguaína e Dianópolis.

É importante destacar que faltam tornozeleiras eletrônicas em número suficiente à elevada população prisional. O excedente, embora também cumpra pena em prisão domiciliar, não é monitorado remotamente, por não dispor de tornozeleira, se obrigando apenas a comparecer quinzenalmente em Juízo”, comentou o Promotor de Justiça.

Entenda

O monitoramento eletrônico de presos na capital é uma alternativa à interdição da Unidade de Regime Semiaberto Masculina de Palmas/TO (URSA), que foi alvo de incêndio ocorrido no mês de agosto de 2016.

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