Um empresário morreu. Dois enteados dele também foram vítimas.
Dois homens suspeitos de tentar executar uma família de ciganos em Paraíso do Tocantins foram presos na manhã desta segunda-feira (17). A captura da dupla é resultado da operação 'Gipsy Kings', deflagrada no Pará e Minas Gerais.
Os dois suspeitos foram capturados nas cidades de Ervália (MG) e Aimorés (MG) e presos em flagrante delito pelo crime de posse de arma de fogo.
Conforme o delegado Hismael Athos, um dos homens presos seria o suposto mandante e o intermediário do crime. Ele também é apontado como chefe da organização criminosa especialista em “pistolagem” no país.
O delegado revelou que, durante as investigações, foi identificado que o intermediário do crime é suspeito de ser o líder de um grupo criminoso especializado em praticar homicídios sob encomenda. Esse grupo teria uma tabela de ordens e valores que especifica a quantia para cada tipo de crime.
As diligências estão sendo empreendidas para que o terceiro suspeito, outro pistoleiro que deu suporte à fuga do principal executor do crime, seja preso em Altamira (PA). A polícia compareceu à casa do homem, mas ele ainda não foi localizado. Havia armas de fogo e diversas munições no local. O veículo usado no dia do crime também foi apreendido.
O crime
De acordo com o delegado Hismael Athos, no dia 8 de fevereiro deste ano, dois homens chegaram numa residência e efetuaram disparos de arma de fogo contra uma família de ciganos em Paraíso do Tocantins.
Um empresário que seria o pai da família veio a óbito em razão dos ferimentos causados por arma de fogo. Os dois enteados que tentaram prestar socorro à vítima também foram vítimas da tentativa de homicídio. Um foi alvejado e está internado em estado grave e o outro saiu ileso.
As investigações apontaram que a vítima teria mantido um relacionamento amoroso com a esposa do mandante do crime, o que motivou os fatos.