Tocantins

Servidora de escola perdeu quase R$ 1 milhão em jogos após vender casa, carro e aplicar golpes

Ela fez empréstimos fraudulentos usando documentos de pais de alunos e colegas.

Por Redação 1.810
Comentários (0)

12/10/2024 08h52 - Atualizado há 1 ano
Mulher teve a prisão preventiva decretada pela Justiça

Notícias do Tocantins - O delegado Andreson Alves, titular da 46ª Delegacia de Presidente Kennedy, município localizado a cerca de 220 quilômetros de Palmas, deu mais detalhes sobre os golpes supostamente praticados por uma servidora pública, de 26 anos, contratada do município, e que resultaram em prejuízos de mais de R$ 100 mil às vítimas. 

A suspeita teve a prisão decretada pelo juízo criminal da Comarca de Guaraí, e foi presa na manhã desta quinta-feira (10), com o apoio da 5ª Divisão Especializada Combate ao Crime Organizado (DEIC - Guaraí).

“Trata-se de um caso bem complexo, onde há claros indícios de que a autora praticava os golpes de estelionato, tendo como principais vítimas colegas de trabalho e pais de alunos da instituição municipal de ensino em que trabalhava a fim de fomentar o vício em apostas online, mas que, de fato, não lhe renderam lucro algum, pois o dinheiro amealhado com os golpes era integralmente revertido para as apostas”, frisou.  

Como funcionava o esquema criminoso

O delegado Andreson explica que a mulher era servidora pública lotada na creche do município de Presidente Kennedy e passou a utilizar a estratégia de que precisava atualizar o censo escolar dos alunos, enganando os pais ao solicitar selfies e documentos pessoais, que na verdade foram usados para abrir as contas digitais em nome das vítimas e realizar os empréstimos.  

“Não contente em enganar os pais dos alunos, a mulher também passou a fazer o mesmo com os colegas de trabalho sob o argumento de que precisa criar uma pasta digital dos servidores, conseguindo selfies e documentos pessoais para realizar os empréstimos”, frisou. 

No total foram mais de R$ 100 mil de prejuízos para as vítimas (servidores, colegas de trabalho e os pais de alunos que estudam na creche).

Dinheiro perdido e endividamento 

Após o dinheiro dos empréstimos cair nas contas digitais criadas pela autora, ela transferia para a conta pessoal e usava para os jogos, mas nem chegava a ficar com nada, pois a quantia arrecadada por meio dos golpes, era toda gasta nas apostas online.  

Por fim, a investigação da Polícia Civil apurou que além dos mais de R$ 100 mil das vítimas, a autora já tinha vendido o carro e a casa para gastar o dinheiro com os jogos online e pegado dinheiro emprestado de várias pessoas, o que totalizou um prejuízo financeiro de quase R$ 1 milhão.

À disposição da Justiça 

A mulher presa pela PC-TO continua à disposição da Justiça e o inquérito será agora concluído e remetido ao Poder Judiciário e ao Ministério Público. 

O delegado Andreson destaca que se trata de um caso grave, onde vários golpes criminosos foram cometidos e lesaram várias pessoas, única e exclusivamente para manter o vício em apostas online. 

“A prisão dessa investigada lança um pouco de luz a questão das apostas online, fenômeno que rapidamente se espalhou por todo o Brasil. As pessoas na ânsia de satisfazer o vício e obter lucro fácil nos jogos online, acabam às vezes se valendo de expedientes criminosos, para levantar dinheiro e fazer novas apostas ou cobrir dívidas advindas com a prática”, pontuou. 

A operação Apate recebeu esse nome em alusão a Deusa Apate, da mitologia grega, que é a Deusa do engano, o dolo e a fraude.

Comentários (0)

Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

(63) 3415-2769
Copyright © 2011 - 2025 AF. Todos os direitos reservados.