Denúncia ao MPTO

Candidatos querem anulação de provas de concurso por falhas na segurança e transparência

Provas foram aplicadas nos dias 24 e 31 de outubro em Nova Olinda.

Por Márcia Costa | Conteúdo AF Notícias 1.990
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23/11/2021 10h04 - Atualizado há 2 anos
Foto do gabarito tirada durante a aplicação das provas

Candidatos do concurso público da Prefeitura de Nova Olinda (TO) protocolaram uma denúncia no Ministério Público do Tocantins (MPTO) narrando supostas falhas cometidas durante a aplicação das provas que teriam comprometido a credibilidade e transparência do certame.

O concurso foi lançado ainda no início de 2020mas estava paralisado em razão da pandemia de Covid-19. São oferecidas 205 vagas. As provas foram aplicadas nos dias 24 e 31 de outubro deste ano. Os salários variam de R$ 1.045 a R$ 9,7 mil para cargos nas áreas da administração, assistência social, saúde e educação.

A banca organizadora é o IDESC - Instituto de Desenvolvimento Sócio-Cultural e Cidadania.

A denúncia, protocolada no MPTO no dia 25 de outubro, aponta falhas na segurança e falta de transparência no primeiro dia de provas (24/10). Os candidatos pedem a anulação do certame.

Segundo eles, não houve conferência da identidade dos candidatos por parte dos fiscais, "não sendo possível certificar se houve fraude, colas ou até mesmo facilitação, já que não foi feita nenhuma abordagem, sequer para saber quem era o candidato inscrito, se era o mesmo que estava realizando a prova”.

"Isso nos deixa extremamente preocupados, uma vez que não se sabe quem entrou na sala para realizar a prova, pois não houve conferência, tampouco identificação biométrica”, relata a denúncia ao acrescentar que os candidatos também não eram revistados na ida ao banheiro.

Além disso, segundo a denúncia, os candidatos já encontraram as provas sobre as cadeiras e não houve conferência prévia em relação à inviolabilidade dos lacres dos envelopes.

OUTROS PONTOS QUESTIONADOS

1 - Local de prova alterado de última hora, do Colégio Hamedy Cury para outra unidade. Os candidatos foram a pé para o novo local e uma pessoa levando o envelope de provas.

2 - Foto do gabarito de uma candidata foi publicada nas redes sociais, Gabarito nº 015, do cargo de auxiliar de serviços gerais, da sala 09, mostrando que a participante estava com o celular na hora da aplicação da prova, o que demonstra falha na segurança.

3 - Prova aplicada na Paróquia com auditório lotado e centenas de pessoas sem quaisquer orientações. Alguns candidatos estavam dialogando uns com os outros durante a aplicação da prova, e sem nenhuma repressão ou punição por parte dos fiscais.

4 - Em nenhum momento os fiscais ou aplicadores pediram para que os candidatos se identificassem com documento com foto ou biometria.

 A reportagem não conseguiu contato com a banca organizadora, pois não tem número de telefone ou e-mail no site. O espaço segue aberto.

Cidade de Nova Olinda

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