O fenômeno foi registrado com bom humor por moradores da capital.
A tarde desta sexta-feira (15), foi marcada por pancadas de chuvas e fortes ventos, acompanhadas de granizo em várias localidades de Palmas. Essa é segunda vez que a chuva vem acompanhada de granizo em menos de 30 dias. A primeira ocorrência de chuva com granizo foi registrada no dia 23 de setembro.
Conforme os dados do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), o final de semana terá 90 % de possibilidades de novas pancadas de chuva, que podem ser acompanhadas de rajadas de ventos e trovoadas. Já a umidade relativa do ar ficará entre 58% e 22%.
Internautas publicaram nas redes sociais vídeos da chuva que também deixou ruas e avenidas alagadas na capital tocantinense. Teve até morador que se divertiu durante a chuva, tentando apanhar uma pedra de gelo com a boca.
A previsão para este sábado (16), é que os termômetros alcancem 34ºC de máxima e de mínima 24ºC, com até 90% de probabilidade de chuvas que podem registrar até 15mm. No domingo, 17, o clima permanece instável, ensolarado e com muitas nuvens isoladas ao longo do dia. Os termômetros fecharam o final de semana com 34ºC de máxima e de mínima 24ºC.
Como se forma a chuva de granizo?
As gotas de água que se evaporam dos rios, mares e da superfície terrestre, quando chegam às nuvens e encontram temperaturas abaixo de -80°C, viram gelo. Congelado, o vapor de água fica com mais peso do que a nuvem pode aguentar e cai, em forma de pedra de gelo, que chamamos de granizo.
A chuva de granizo, no entanto, não acontece nas regiões polares. O motivo? É que o granizo só se forma em um único tipo de nuvem, a cumulonimbus, também responsável por trovões e relâmpagos. Essa nuvem atinge até 25 km de altitude a partir da linha do Equador. "E ela só aparece nas regiões mais quentes", explica Mario Festa, professor de Meteorologia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo. Isso acontece porque ela se forma graças a temperaturas elevadas e alto índice de umidade relativa do ar, mais raro nos países frios.
A ocorrência do granizo, portanto, é mais frequente nas regiões equatoriais, e vai diminuindo gradativamente ao longo das regiões tropicais, extratropicais e temperadas.
"Por isso, em algumas épocas do ano é até possível ter chuva de granizo na Escandinávia, mas é raro. Já nos polos, realmente, nunca foi registrada", diz o professor.
A pedra de gelo tem, em média, 0,5 a 5 centímetros de diâmetro, mas isso pode variar. Nos Estados Unidos, na década de 1970, foi registrado um granizo com 14 centímetros de diâmetro, com 750 gramas.