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Em documentários, estudantes mostram lado positivo da vida nos bairros periféricos em Araguaína

Os setores escolhidos foram o Construindo Sonhos, Costa Esmeralda e Barros.

Por Márcia Costa 2.350
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18/12/2019 08h10 - Atualizado há 4 anos
Costureira Francinete

Documentários produzidos por estudantes do ensino médio da Escola Estadual Henrique Cirqueira Amorim, em Araguaína, mostram o que os telejornais e outros meios de comunicação não estão acostumados a evidenciar: o lado positivo de se viver em bairros periféricos.

A história é contada em três setores: Construindo Sonhos, Costa Esmeralda e Barros. Os dois primeiros são loteamentos habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida e seus atuais moradores viviam em situação de vulnerabilidade social em outras localidades, inclusive morando de aluguel.

O trabalho dos alunos fez parte da Olimpíada Nacional de Língua Portuguesa, que cobrou a produção de documentário mostrando como é a vida dos estudantes no bairro onde moram.

O resultado foi impressionante e proporcionou o relato de moradores satisfeitos em viver nos bairros, além da troca de experiências.

O projeto teve a participação do acadêmico Neville Rodrigues, estudante de Letras da Universidade Federal do Tocantins (UFT) em Araguaína.

Relatos positivos

Moradores do Setor Construindo Sonhos, os estudantes Larissa e Rodrigo destacaram pontos positivos do bairro. “Às vezes, as pessoas têm uma visão muito equivocada do nosso setor, de que aqui é um lugar terrível, horrível, um lugar ruim de se viver. No entanto, mostramos nesse documentário que a realidade é outra, que existe um povo humildade, de bom coração e que ajuda uns aos outros”, disseram.

Uma das entrevistadas no documentário é a dona de casa Zumira. Ela disse que sua vida era difícil antes de morar no setor e chegou a passar fome para pagar aluguel. “Eu não podia deixar de pagar o aluguel de R$ 250 e de vez em quando a gente passava por apuros. Morei três anos no Setor Palmas e chorei de emoção quando comecei a morar na minha casa”, afirmou.

Outro morador do bairro, o senhor Valdeci, tem conseguido fazer melhorias na própria casa e considera o bairro um lugar bom para viver.

“Setor calmo, não tenho o que reclamar em comparação com outros bairros. Emoção grande ao sair do aluguel. Meu lote é bom e eu consegui até ampliar minha casa”, contou.

Os estudantes também mostraram a necessidade de atenção do poder público e mais investimentos nos bairros, como recuperação de ruas e construção de uma praça.

Setor Barros e Costa Esmeralda

Outro documentário gravado no Setor Barros mostra o desenvolvimento do bairro e a história da costureira Francinete Silva. “Tinha uma lavanderia e depois fizeram a praça. Minha casa era de barro e agora é de tijolo e cimento. Aqui é um bom bairro”, afirmou.

Para Leonardo Barros, o setor é um dos melhores para se viver. “Todo mundo se conhece. Aqui todo mundo é raiz e conhece a necessidade do setor. Falta o gestor colocar segurança e educador adequado para cuidar das crianças. Amo morar aqui”, relatou.

No Costa Esmeralda, o documentário mostrou a evolução do setor, das residências, comércios, escola, creche, posto de saúde e academias.  

Os estudantes não conseguiram passar para a fase seguinte da olimpíada, mas os documentários deram voz aos moradores e mostraram uma realidade quase esquecida pela sociedade.

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