Sem provas

TJTO inocenta mototaxista que foi condenado a 18 anos de prisão por assalto a banco

Há dois anos preso, defesa tentava provar que ele era inocente.

Por Joselita Matos | Conteúdo AF Notícias 1.612
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16/02/2022 10h57 - Atualizado há 2 anos
Mototaxista havia sido condenado em 1º grau, mas foi inocentado no TJTO

O Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) inocentou o mototaxista Kleison Reis Chagas da acusação de integrar quadrilha de assalto a bancos. Ele foi preso com outras sete pessoas na operação Plunder da Polícia Civil, em dezembro de 2017, e chegou a ser condenado em 1º grau.

Na época, a polícia apontou que ele era suspeito de integrar uma quadrilha especializada em assaltos a bancos nos estados do Pará, Tocantins e Maranhão. Contudo, o advogado Maurício Araújo conseguiu provar que Kleison não tinha envolvimento nos crimes.

O mototaxista foi o único absolvido no processo que condenou os outros integrantes da quadrilha. “Decisão assertiva, que enaltece o Estado democrático de Direito, o devido processo legal, e blinda a sociedade de acusações frágeis sem fundamento legal, apenas com base em ilações e imaginações acusatórias", declarou.

Conforme o advogado de defesa, Kleison Chagas nunca esteve no local do crime a ele imputado e nunca se envolveu em qualquer ato criminoso. “Um cidadão inocente nessa novela mexicana”, apontou Araújo. “Conseguimos comprovar a inocência do nosso cliente”, completou.

O mototaxista havia sido condenado em primeira instância, mas o advogado recorreu da sentença ao TJTO, onde conseguiu derrubar a acusação do Ministério Público do Tocantins (MPTO). "Havia inúmeros erros materiais na sentença de primeiro grau. Ele nunca esteve no local do assalto. Não conhecia os outros presos e os presos também não o conheciam", explicou o advogado.

PRESO, AGUARDANDO ALVARÁ DE SOLTURA

Atualmente, Kleison Reis Chagas encontra-se preso na Cadeia de Ananás há cerca de dois anos. Ele chegou a responder o processo em liberdade por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), porém, a decisão foi revogada posteriormente e ele se entregou à Justiça.  

Com a sua absolvição, o advogado informou que a decisão já foi publicada e nos próximos dias ele deverá ser solto. De acordo com o advogado, Chagas recebeu a notícia com muita emoção. 

“Ele tem esposa, três filhos, irmãos; a família também recebeu a notícia com muita alegria e emoção, pois ele tinha uma condenação de mais de 18 anos. Imagina esse um inocente condenado? Literalmente iria custar a vida de um inocente”, comentou o advogado.

SOBRE O CRIME

Durante a operação Plunder da Polícia Civil, realizada em 19 de dezembro de 2017 em Araguaína, oito homens foram presos suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em assalto a bancos nos estados do Pará, Tocantins e Maranhão. 

A operação foi realizada após investigações do roubo a agência do Banco do Brasil em Filadélfia, praticado em outubro daquele ano. A polícia identificou os supostos integrantes da quadrilha e pediu a prisão dos suspeitos.

O líder da organização foi identificado como Caio Menezes e foi preso no Pará. Segundo a polícia, parte do grupo estava reunida em uma casa no Setor São Miguel, em Araguaína. A suspeita é que eles se preparavam para praticar mais um roubo.

Na época foram presos, além de Caio: Israel Teixeira de Jesus, Luciano Francisco Veras da Silva, Kleison Reis Chagas, João Bosco Sousa Oliveira, Maik Douglas Marcel da Silva, Kayo Lucas de Araújo e Douglas Dias Araújo.

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