Refugiados

Fugindo da crise, dezenas de venezuelanos chegam ao Tocantins em busca de ajuda e trabalho

Segundo a prefeitura, estão na cidade sete famílias de refugiados, com aproximadamente 50 pessoas.

Por Redação 5.232
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21/11/2019 15h40 - Atualizado há 4 anos
Sete famílias de venezuelanos estão em Palmas em busca de ajuda

Um grupo com cerca de 50 refugiados venezuelanos está acampado no Terminal Rodoviário de Palmas desde o inicio da semana. Sem ter onde ficar, e muito menos o que comer, os imigrantes necessitam de ajuda.

Durante o dia, pequenos grupos vão para o centro da cidade em busca de alimentos e trabalho. Segundo um levantamento da prefeitura da Capital, sete famílias estão na cidade.

FORÇA TAREFA

Entidades das esferas municipal, estadual e federal, além de organizações civis, reuniram-se na manhã desta quarta-feira (20) no Ministério Público Federal para discutir a situação dos imigrantes e montar uma força tarefa para ajudá-los.

A secretária municipal de Desenvolvimento Social, Valquíria Rezende, disse que o trabalho de abordagem e ajuda é complexo por se tratar de refugiados indígenas, que têm referências muito diferentes da realidade brasileira.

“As providências estão sendo tomadas. A preocupação da Prefeitura é quanto ao respeito à etnia, por isso, esse serviço de abordagem deve ser cauteloso na condução de resultados”, ponderou a secretária.

A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) também iniciou os trabalhos de imunização dos indígenas imigrantes, entretanto, tem tido resistência, pois alguns não aceitam ser vacinados. Valquíria lembra ainda que esses refugiados têm direitos e deveres. É dever, por exemplo, a vacinação e o respeito às leis brasileiras, especialmente em relação ao zelo pelas crianças.

O representante dos povos indígenas disse que o grupo já passou por vários Estados, como Amazonas, Pará, Maranhão e Goiás, mas ainda não conseguiu se estabelecer e pediu condições para trabalhar e colocar as crianças nas escolas.

AJUDA

A situação dos imigrantes chamou a atenção de vários órgãos e de voluntários que iniciaram uma campanha para arrecadação de alimentos e roupas.

A Defensoria Pública Federal se comprometeu em ajudá-los quanto à documentação de imigração. De acordo com a prefeitura, uma reunião ficou agendada para a próxima sexta-feira (22), às 9 horas, no auditório do Ministério Público Federal (MPF), para que as instituições possam apresentar as estratégias de ações aos indígenas venezuelanos refugiados em Palmas.

Um grupo de alunos da Universidade Federal do Tocantins (UFT) está com uma campanha para arrecadação de alimentos (pães, bolachas, sucos e leite de caixinha, frutas, sardinha enlatada, etc), água e roupas para adultos e crianças de todas as idades.

Os interessados em ajudar podem entrar em contato pelo WhatsApp: (63) 981245844.

Muitos dos imigrantes são indígenas e não falam português
Reunião para montar uma força tarefa de ajuda aos refugiados em Palmas

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