Frase "Atrás da Escola Odimar Lopes" aparece na lista de candidatos aprovados.
Notícias do Tocantins – A Prefeitura de Colinas do Tocantins divulgou, na última quinta-feira (13/2), a lista preliminar de aprovados no concurso público do município. O certame foi lançado em setembro de 2024 e as provas realizadas em dezembro do mesmo ano.
O que era para ser apenas uma etapa prevista dentro do cronograma do certame está gerando controvérsias e até mesmo questionamentos quanto à lisura da seleção, pois a lista de aprovados contém um possível erro grosseiro e bizarro.
A banca organizadora do certame é o Instituto Consulpam. São ofertadas 200 vagas, além de cadastro reserva para diversos cargos e escolaridades. Os salários variam entre R$ 1.412,00 e R$ 8.748,93.
Dentre os aprovados no resultado preliminar da prova objetiva aparece um nome icônico, chamado "Atrás da Escola Odimar Lopes", que parece ser a indicação de um local. O suposto candidato foi selecionado para o cargo de Professor da Educação Básica - Pedagogia, com nota 57,5 pontos.
A Escola Professor Odimar Lopes realmente existe em Colinas do Tocantins e integra a Rede Municipal de Ensino. A unidade foi um dos locais de prova do certame. Na cidade, os moradores ouvidos pela reportagem não conhecem nenhuma pessoa com esse nome.
COBRANÇA DE CONTEÚDO NÃO PREVISTO EM EDITAL
Os candidatos afirmam também que a banca organizadora feriu os princípios da isonomia e da vinculação ao edital ao cobrar conteúdos não previstos no documento. Além disso, segundo eles, o cronograma não estaria sendo respeitado.
Segundo os candidatos, na prova tipo 2, para Professor Pedagogo, nas questões 39 e 40 foi cobrado o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), que não constava na lista de conteúdos programáticos. Cada uma delas tinha peso de 2,5 pontos.
O ECA só aparece no conteúdo previsto para um cargo específico de ensino médio (Assistente de Apoio a Inclusão). De acordo com os candidatos, a banca simplesmente desprezou os recursos dos candidatos pedindo a anulação das duas questões.
A reportagem solicitou informações à Prefeitura de Colinas e ao Instituto Consulpam, mas ainda não houve resposta. O espaço continua aberto.