Curiosidades surpreendentes: descobertas incríveis e mistérios revelados. Explore o fascinante mundo das curiosidades!
Estudos indicam que o consumo moderado de café pode trazer importantes vantagens para o organismo.
O consumo de café faz parte do cotidiano de muitas pessoas, sendo frequentemente associado a diversos benefícios à saúde, como a melhora na disposição e na concentração. Contudo, o consumo excessivo ou o uso inadequado de suplementos à base de cafeína pode acarretar sérios riscos à saúde, como demonstrado em um caso recente de um personal trainer que faleceu ao ingerir o equivalente a 200 doses de café em pó. Vamos explorar os limites seguros, os benefícios e os cuidados necessários ao consumir essa bebida tão popular.
Estudos indicam que o consumo moderado de café pode trazer importantes vantagens para o organismo. A médica Cíntia Cercato, endocrinologista do Hospital das Clínicas da USP, destaca que o café tem potencial para proteger a saúde do coração e prevenir doenças degenerativas, como Alzheimer e Parkinson. Esses benefícios estão relacionados à alta concentração de antioxidantes, vitaminas e flavonoides presentes no café, que atuam na proteção das células e na melhoria da circulação sanguínea.
Além disso, o café estimula a liberação de substâncias como:
Dopamina, conhecida como o "hormônio da felicidade", que está relacionada à motivação.
Adrenalina, responsável por aumentar a disposição e a euforia.
Por outro lado, os benefícios só são observados quando a bebida é consumida dentro dos limites recomendados, respeitando as particularidades de cada organismo.
Embora o café tenha propriedades positivas, o abuso da bebida pode causar efeitos colaterais. Entre os principais problemas estão:
Arritmias cardíacas;
Agitação e irritabilidade;
Nervosismo e insônia.
Em gestantes, o consumo excessivo pode causar atraso no desenvolvimento cerebral do feto, enquanto em indivíduos predispostos, pode agravar quadros de hipertensão. Um estudo divulgado na revista Clinical Nutrition em 2019 revelou que o consumo acima de três xícaras (720 ml) por dia pode aumentar a pressão arterial em pessoas com tendência à hipertensão.
A endocrinologista Cercato também menciona que, em casos extremos, como o de quem ingere mais de seis xícaras diárias, o risco de demência ou derrame pode subir em até 53%, conforme pesquisa da University of South Australia.
A dose segura de cafeína varia conforme a idade, peso e sensibilidade de cada pessoa. Segundo a European Food Safe Authority:
Adultos saudáveis: 300 a 400 mg (4 xícaras de café coado);
Gestantes e lactantes: até 200 mg (2 xícaras);
Crianças e adolescentes: até 100 mg (1 xícara);
Sensíveis à cafeína: de 100 a 200 mg.
É importante lembrar que outros alimentos, como chás, chocolates e refrigerantes, também contêm cafeína e devem ser contabilizados no consumo diário.
Evite café oxidado: após 30 minutos de preparo, o café fresco começa a perder suas propriedades e pode gerar efeitos gastrointestinais adversos.
Modere no açúcar: prefira adoçantes naturais, como melado de cana ou açúcar mascavo, ou consuma a bebida pura.
Escolha cafés de qualidade: a barista Isabela Raposeiras ressalta que um café de boa procedência não precisa ser amargo, o que pode melhorar a experiência ao beber sem açúcar.
Apesar de ser um hábito diário para muitos, a ciência não comprova que o café possa causar vício. No entanto, indivíduos sensíveis à cafeína podem sentir desconfortos ao interromper abruptamente o consumo.
O café, quando consumido de forma consciente e em quantidades moderadas, pode ser um aliado da saúde, contribuindo para o bem-estar e a prevenção de doenças. No entanto, é fundamental respeitar os limites individuais e evitar o consumo excessivo, especialmente em grupos como gestantes, crianças e cardiopatas.
Lembre-se de que a qualidade da bebida, o modo de preparo e os acompanhamentos fazem diferença na experiência e nos efeitos do café no organismo. A moderação e o cuidado são as chaves para desfrutar dos benefícios dessa bebida milenar.
Fonte: ABESO-Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica