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Sua trajetória foi marcada por uma infância difícil, prisões e assassinatos.
John Wayne Gacy é um dos criminosos mais notórios da história dos Estados Unidos. Conhecido como "o palhaço Pogo", ele levava uma vida aparentemente comum, mas escondia uma série de crimes brutais. Sua trajetória, marcada por uma infância difícil, prisões e assassinatos, inspirou diversas produções culturais e serviu de alerta sobre perfis de assassinos em série.
John Wayne Gacy nasceu em 17 de março de 1942, nos subúrbios de Chicago. Desde cedo, enfrentou uma vida difícil devido ao comportamento agressivo de seu pai, um alcoólatra que o humilhava e agredia fisicamente. Aos nove anos, foi vítima de abuso sexual por um amigo da família, mas nunca revelou o ocorrido.
Na adolescência, Gacy sofreu uma lesão na cabeça que resultou em desmaios e convulsões. Apesar dos problemas de saúde, seu pai não acreditava em suas condições e continuava a tratá-lo com violência. Mesmo assim, ele conseguiu se formar em uma escola de negócios e iniciar sua carreira profissional.
Gacy se casou com Marlynn Myers e parecia levar uma vida estável, mas começou a demonstrar um interesse perigoso por adolescentes. Em 1967, foi preso por abusar sexualmente de um jovem de 15 anos e condenado a dez anos de prisão. No entanto, cumpriu apenas 16 meses antes de obter liberdade condicional, o que levou ao fim de seu casamento.
Após sair da prisão, mudou-se para Chicago, onde fundou uma empresa de construção e se tornou um empresário bem-sucedido. Além disso, criou o personagem "Pogo, o Palhaço", animando festas infantis e visitando hospitais. Sua popularidade cresceu e ele chegou a integrar o Partido Democrata local. No entanto, seus vizinhos começaram a relatar um forte cheiro desagradável vindo de sua casa, que ele justificava como um problema de encanamento.
A polícia começou a investigá-lo após o desaparecimento de Robert Piest, um adolescente que mencionou uma oferta de emprego feita por Gacy. Durante as buscas em sua casa, os investigadores descobriram um porão onde ele ocultava os corpos de suas vítimas. No total, foram identificados 33 assassinatos cometidos entre 1972 e 1978.
Gacy foi julgado em 1980 e condenado à pena de morte. Durante os 14 anos que passou no corredor da morte, tornou-se uma figura macabra, chegando a vender pinturas feitas por ele na prisão. Sua execução ocorreu em 10 de maio de 1994, mas ele nunca revelou a localização de todas as vítimas.
O caso de John Wayne Gacy continua a ser estudado por especialistas em criminologia e psicologia forense. Sua história influenciou diversas produções culturais, incluindo o romance It: A Coisa, de Stephen King, que mais tarde foi adaptado para o cinema. Até hoje, ele é lembrado como um dos assassinos em série mais cruéis da história dos Estados Unidos.
