2015 sangrento: Homicídios em Araguaína já superam em mais de 10% quantidade de casos em 2014

Por Redação AF
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21/08/2015 10h56 - Atualizado há 5 anos
<span style="font-size:12px;"><u>Fernando Almeida e Ramila Macedo</u></span><br /> <span style="font-size:14px;"><em><span style="font-size:12px;">Aragua&iacute;na Not&iacute;cias</span></em></span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Aragua&iacute;na, a capital econ&ocirc;mica do Tocantins, j&aacute; registrou 40 homic&iacute;dios de janeiro de 2015 at&eacute; a primeira quinzena de agosto. O n&uacute;mero j&aacute; supera em 11% o quantitativo durante todo o ano passado. O levantamento foi realizado pelo 2&ordm; Batalh&atilde;o da Pol&iacute;cia Militar (2&ordm; BPM). Por outro lado, o Governo do Estado apontou uma redu&ccedil;&atilde;o nas ocorr&ecirc;ncias de roubos e furtos.<br /> <br /> Em 2014, 36 pessoas foram assassinadas na cidade. J&aacute; o m&ecirc;s de agosto de 2015 come&ccedil;ou sangrento: s&oacute; na primeira quinzena a PM registrou seis assassinatos. S&atilde;o 12 mortos num per&iacute;odo de apenas 45 dias. Segundo a PM, a maioria das v&iacute;timas &eacute; homem, com passagens pela pol&iacute;cia e envolvimento com drogas.<br /> <br /> De acordo o 2&ordm; BPM, das 28 ocorr&ecirc;ncias do 1&ordm; semestre, somente em quatro casos as v&iacute;timas n&atilde;o tinham envolvimento com drogas ou ficha criminal. J&aacute; neste segundo semestre, dos 12 registros de homic&iacute;dios, a metade das v&iacute;timas tinham passagem ou envolvimento com drogas.<br /> <br /> No fim de maio, diante de uma avalanche de cr&iacute;ticas &agrave; seguran&ccedil;a p&uacute;blica, o governo de Marcelo Miranda (PMDB) divulgou dados apontando redu&ccedil;&atilde;o da criminalidade em Aragua&iacute;na.&nbsp; Segundo os n&uacute;meros, houve redu&ccedil;&atilde;o de 48% de furtos e 35% nas ocorr&ecirc;ncias de roubo e tamb&eacute;m no aumento de pris&otilde;es. Na &eacute;poca, deputados da oposi&ccedil;&atilde;o chegaram a pedir o retorno do ex-comandante Major Silva Neto. Em reposta, o governo defendeu a atual comandante major Patr&iacute;cia Murussi, enaltecendo seu empenho e atua&ccedil;&atilde;o no comando da tropa do 2&ordm; BPM.&nbsp;<br /> <br /> Na &eacute;poca, o Estado omitiu os n&uacute;meros referentes aos assassinatos, n&atilde;o mencionou o efetivo policial e tampouco o n&uacute;mero de viaturas em Aragua&iacute;na. E destacou que o esfor&ccedil;o para o combate &agrave; viol&ecirc;ncia era feito com o trabalho desdobrado da PM, colocando os militares do administrativo para atuar em a&ccedil;&otilde;es operacionais. O incentivo do governo ao efetivo era o pagamento de horas extras para maior carga hor&aacute;ria de trabalho. O Estado tamb&eacute;m disse que a cidade de Aragua&iacute;na tamb&eacute;m contava com refor&ccedil;o importante&nbsp; da Companhia de Opera&ccedil;&otilde;es Especiais (CIOE),&nbsp; COE, Giro e Batalh&atilde;o de Pol&iacute;cia Militar Ambiental (BPMA).<br /> <br /> J&aacute; uma investiga&ccedil;&atilde;o do Minist&eacute;rio P&uacute;blico Estadual revelou a precariedade da seguran&ccedil;a em Aragua&iacute;na. De acordo com o MPE, o 2&ordm; BPM possui d&eacute;ficit 187 homens. Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s horas extras, o &Oacute;rg&atilde;o de Fiscaliza&ccedil;&atilde;o considerou excessivas, mencionando que os militares chegaram a cumprir jornadas semanais de at&eacute; 72 horas, quando, por direito, o m&aacute;ximo &eacute; de 40 horas.<br /> <br /> Segundo o MPE, al&eacute;m do d&eacute;ficit de militares, da jornada de trabalho excessiva, o 2&ordm; Batalh&atilde;o tem apenas quatro viaturas para atender toda a cidade de Aragua&iacute;na, com uma popula&ccedil;&atilde;o de quase 200 mil habitantes. Entre janeiro e junho de 2014,&nbsp; 41% das liga&ccedil;&otilde;es para o 190 n&atilde;o foram prontamente atendidas, segundo o MPE.<br /> <br /> Diante das precariedades, o MPE ajuizou uma&nbsp; A&ccedil;&atilde;o Civil P&uacute;blica contra o Governo do Estado e requer amplia&ccedil;&atilde;o do efetivo, conserto de viaturas e amplia&ccedil;&atilde;o de autom&oacute;veis. Tamb&eacute;m o Minist&eacute;rio P&uacute;blico requereu a reforma do 2&ordm; BPM e dos destacamentos da PM nos munic&iacute;pios que comp&otilde;em a Comarca, bem como que se iniciem, no prazo m&aacute;ximo de 90 dias, avalia&ccedil;&otilde;es com vistas &agrave; realiza&ccedil;&atilde;o de um novo concurso p&uacute;blico para a PM, entre outros pedidos.</span>
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