Agência cogita possibilidade de Kátia Abreu ser a sucessora de Dilma à Presidência

Por Redação AF
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08/06/2015 10h49 - Atualizado há 5 anos
<span style="font-size:14px;">A ministra da Agricultura, Pecu&aacute;ria e Abastecimento, K&aacute;tia Abreu, pode se tornar a pr&oacute;xima mulher a ser presidente do Brasil, segundo um longo perfil da pol&iacute;tica publicado nesta quinta-feira (4) pela <a href="http://www.bloomberg.com/news/articles/2015-06-04/is-this-the-brazilian-woman-next-in-line-to-succeed-rousseff-" target="_blank">rede de not&iacute;cias de economia &ldquo;Bloomberg&#39;&#39;</a>.<br /> <br /> Em um texto sobre a vida e a carreira da ministra, a &ldquo;Bloomberg&#39;&#39; destaca seu posicionamento a favor do mercado (em oposi&ccedil;&atilde;o ao &ldquo;intervencionismo&#39;&#39; do atual governo) e pergunta: &ldquo;Esta mulher brasileira &eacute; a pr&oacute;xima na fila para suceder Rousseff?&#39;&#39;.<br /> <br /> &ldquo;Mesmo que os princ&iacute;pios de livre mercado de Abreu sejam opostos &agrave; tendencia intervencionista de Rousseff, as duas mulheres formaram uma rela&ccedil;&atilde;o complexa, mas pr&oacute;xima, que ajudou a avan&ccedil;ar os interesses da comunidade fazendeira&#39;&#39;, diz, argumentando que este grupo tem esperan&ccedil;a de v&ecirc;-la no Executivo nacional.<br /> <br /> Segundo a reportagem, a ministra tem empurrado o Brasil em disputas por mercados internacionais, e o pa&iacute;s que j&aacute; &eacute; o maior exportador de carne, frango, suco de laranja, caf&eacute; e a&ccedil;&uacute;car do mundo pode agora ultrapassar os EUA nas exporta&ccedil;&otilde;es de soja.<br /> <br /> Entrevistada na reportagem, a ministra diz que &ldquo;claro que todos os pol&iacute;ticos querem um dia presidir o Brasil&#39;&#39;, mas alegou que isso &eacute; definido pelo destino.<br /> <br /> <strong><u>Confira a mat&eacute;ria completa da Bloomberg</u></strong></span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">No dia 1&ordm; de fevereiro, K&aacute;tia Abreu havia cumprido tudo o que sempre sonhou. Ou&nbsp;quase tudo.<br /> <br /> Primeiro ela foi empossada como senadora. Depois, entregou o cargo a um substituto para poder&nbsp;continuar como ministra da Agricultura do Brasil para defender o agroneg&oacute;cio, que gera um quarto da&nbsp;economia do pa&iacute;s.<br /> <br /> E antes de o dia acabar, ela se casaria com um amigo de longa data, Mois&eacute;s Pinto Gomes, enquanto a&nbsp;presidente Dilma Rousseff, uma ex&shy;advers&aacute;ria pol&iacute;tica, sorria na primeira fila, atr&aacute;s deles. Apesar de&nbsp;os princ&iacute;pios de livre mercado de K&aacute;tia Abreu serem contr&aacute;rios &agrave;s inclina&ccedil;&otilde;es intervencionistas de&nbsp;Dilma, as duas mulheres formaram uma rela&ccedil;&atilde;o complexa, por&eacute;m c&aacute;lida, que ajudou a levar adiante&nbsp;os interesses da comunidade agr&iacute;cola, assim como os dela, e aumentar as esperan&ccedil;as entre os seus&nbsp;apoiadores de que K&aacute;tia Abreu poder&aacute; ocupar a presid&ecirc;ncia um dia.<br /> <br /> &ldquo;&Eacute; claro que todos os pol&iacute;ticos gostariam de algum dia ser presidente do Brasil&rdquo;, disse K&aacute;tia Abreu,&nbsp;de 53 anos, em entrevista sobre uma ampla variedade de assuntos, no m&ecirc;s passado. &ldquo;Mas &eacute; quest&atilde;o de&nbsp;destino, essas coisas simplesmente acontecem. A presidente Dilma, por exemplo, nunca havia sido&nbsp;candidata e se tornou presidente. Era o destino dela&rdquo;.&nbsp;<br /> <br /> O destino de K&aacute;tia Abreu foi posto em marcha por uma trag&eacute;dia.&nbsp;<br /> <br /> Ela tinha 25 anos, dois filhos e estava gr&aacute;vida de um terceiro quando o pequeno avi&atilde;o pilotado por seu&nbsp;marido caiu durante uma decolagem. Vi&uacute;va, ela foi ao sindicato local de fazendeiros para cuidar do&nbsp;futuro da fazenda da fam&iacute;lia. Em um tempo relativamente curto, ela subiu e se tornou presidente&nbsp;daquele grupo, antes de avan&ccedil;ar para expandir sua influ&ecirc;ncia nacionalmente.<br /> <br /> <u>Confedera&ccedil;&atilde;o da Agricultura</u><br /> <br /> Desde ent&atilde;o, ela se tornou presidente da Confedera&ccedil;&atilde;o Nacional da Agricultura (CNA), o mais&nbsp;importante grupo nacional representativo do setor, e foi eleita para o Senado para representar&nbsp;Tocantins. Nesta semana, ela ficou lado a lado com Dilma para anunciar um plano de financiamento&nbsp;de US$ 60 bilh&otilde;es para a pr&oacute;xima safra.<br /> <br /> K&aacute;tia Abreu diz que este ser&aacute; o ano em que o Brasil, atualmente o maior exportador mundial de carne&nbsp;bovina, frango, suco de laranja, caf&eacute; e a&ccedil;&uacute;car, finalmente superar&aacute; os EUA em exporta&ccedil;&otilde;es de soja.<br /> <br /> &ldquo;No momento em que a presidente me convidou para ser sua ministra, ela convidou a K&aacute;tia, com&nbsp;todas as suas ideias e todos os seus princ&iacute;pios&rdquo;, disse K&aacute;tia Abreu na entrevista. &ldquo;Eu sou assim e&nbsp;continuarei sendo assim, uma pessoa que respeita o direito &agrave; propriedade, o liberalismo econ&ocirc;mico,&nbsp;que acredita no mercado e que acredita na democracia&rdquo;.<br /> <br /> Ironicamente, Dilma e K&aacute;tia quase acabaram em lados opostos nas elei&ccedil;&otilde;es de 2010, segundo Saulo Queiroz, secret&aacute;rio &shy;geral do antigo partido de K&aacute;tia Abreu, que a conhece h&aacute; 15 anos. Ele disse que&nbsp;K&aacute;tia Abreu considerou a possibilidade de concorrer na coliga&ccedil;&atilde;o do partido de centro&shy;direita PSDB</span><span style="font-size:14px;">com Jos&eacute; Serra, opositor de Dilma.<br /> <br /> <u>Aposta perdida</u><br /> <br /> Mas Queiroz, reconhecendo que Serra era uma aposta perdida, aconselhou&shy;a a esperar.<br /> <br /> &ldquo;Eu disse a ela, &lsquo;K&aacute;tia, este n&atilde;o &eacute; o momento&rsquo;&rdquo;, lembra Queiroz. &ldquo;N&oacute;s lutaremos para que voc&ecirc; seja&nbsp;candidata a presidente da Rep&uacute;blica&rdquo;.<br /> <br /> Agora K&aacute;tia Abreu faz parte do PMDB, um membro menos estatista da base de governo. Continua em&nbsp;aberto o questionamento sobre se K&aacute;tia Abreu, que &eacute; relativamente uma rec&eacute;m&shy;chegada, seria capaz&nbsp;de unir um dos maiores partidos pol&iacute;ticos do Brasil em torno de sua candidatura presidencial em 2018,&nbsp;segundo membros antigos do PMDB, que pediram anonimato, citando a pol&iacute;tica do partido.&nbsp;<br /> <br /> Conversas com pessoas pr&oacute;ximas a K&aacute;tia Abreu pintam um retrato de uma l&iacute;der pol&iacute;tica h&aacute;bil que,&nbsp;como a pr&oacute;pria Dilma, &eacute; orientada aos detalhes, tem for&ccedil;a de vontade e &eacute; propensa a ter pouca&nbsp;paci&ecirc;ncia com seus subordinados. Sua defesa feroz do agroneg&oacute;cio lhe rendeu uma s&eacute;rie de&nbsp;advers&aacute;rios, desde os ruralistas pobres, que citam defesa do agroneg&oacute;cio, at&eacute; os ambientalistas, por&nbsp;seu apoio a leis vistas como uma permiss&atilde;o ao desmatamento.<br /> <br /> K&aacute;tia Abreu conheceu Dilma em 2011, quando representava a CNA. Dilma, rec&eacute;m&shy;eleita, sabia pouco&nbsp;sobre sementes, ciclos e riscos da vida rural e estava interessada em aprender mais a respeito. K&aacute;tia&nbsp;Abreu disse que tinha dois pedidos: uma melhor infraestrutura e uma pol&iacute;tica agr&iacute;cola que desse&nbsp;seguran&ccedil;a financeira aos fazendeiros.<br /> <br /> Agora, K&aacute;tia Abreu n&atilde;o demora em descrever Dilma como sua maior aliada, algu&eacute;m que ela diz ficar&nbsp;&ldquo;braca&rdquo; quando os cortes no or&ccedil;amento mergulham muito profundamente na agricultura.&nbsp;<br /> <br /> &ldquo;Eu tento ser parceira do ministro da Fazenda, ter uma boa rela&ccedil;&atilde;o&rdquo;, disse K&aacute;tia Abreu. &ldquo;Eu deixo a&nbsp;presidente cumprir o papel de brava e ela realmente fica muito brava quando ele tenta mexer com o financiamento para produtores rurais. Ela n&atilde;o deixa&rdquo;.</span>
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