<span style="font-size:14px;"><u>Arnaldo Filho</u><br /> <em>Portal AF Notícias</em><br /> <br /> O caos na saúde do Tocantins é generalizado. Faltam medicamentos e materiais básicos para realização de cirurgias e a alimentação servida aos pacientes e funcionários é precária. Imagem encaminhada ao <em>AF Notícias</em> mostra que nesta terça-feira (5) foi servido apenas arroz branco com ervilha. Segundo relatos, a situação tem acontecido com bastante frequência. O cardápio já incluiu também apenas arroz, feijão e abóbora.<br /> <br /> Para não passar fome durante o plantão, parentes de funcionários estão levando a alimentação de casa ou até mesmo comprando marmitex diariamente. A situação acaba impactando no orçamento familiar dos servidores.<br /> <br /> O esposo de uma funcionária do Hospital, que preferiu não ser identificado, relatou que sempre leva a alimentação de sua esposa e já chegou também a comprar luvas e máscaras para que ela não trabalhe sem proteção. “<em>Sempre levo marmitex pra ela, e não é só isso, sou acostumado a comprar mascaras e luvas, pois o hospital não tem”</em>, relatou. Já os pacientes não têm a mesma sorte, já que são obrigados a comer apenas a alimentação ‘balanceada’ servida dentro do próprio hospital.<br /> <br /> Outro problema que inclusive denunciado na imprensa é que já foi servida alimentação estragada dentro da unidade hospitalar. No dia 24 de março deste ano uma servidora denunciou que o “pão do Café da Manhã dos funcionários estava com mau cheiro, visivelmente estragado”. <em>“Ficar 12 horas trabalhando e comer uma refeição como essa, chega a ser desumano”</em>, disse a servidora.<br /> <br /> A empresa Litucera é a responsável por servir a alimentação no Hospital Regional de Araguaína. <br /> <img alt="" src="http://www.afnoticias.com.br/administracao/files/images/alimenta%E7%E3o.jpg" style="width: 600px; height: 450px;" /></span><br /> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Terceirização milionária</strong></u></span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Por outro lado, o Governo do Estado pretende terceirização a gestão do HRA. O custo anual será de R$ 52 milhões. A proposta ainda precisa da aprovação do Conselho Estadual de Saúde. A última tentativa de terceirização da saúde foi um fracasso. O governo atrasava constantemente os pagamentos à Pró-Saúde que, por sua vez, acabava atrasando também o pagamento dos fornecedores e a crise não foi solucionada. <br /> <br /> <u><strong>O outro lado</strong></u><br /> <br /> Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), por meio da Direção do Hospital Regional de Araguaína (HRA), confirmou que a alimentação citada na denúncia foi servida aos funcionários devido problemas com fornecedores, situação que já esta sendo regularizada.<br /> <br /> Já em relação a alimentação dos pacientes, a nota informou que ela “segue critérios prescritos nos prontuários médicos que são acompanhados por nutricionistas, não sendo permitida a entrada de qualquer outro tipo de alimentação no hospital”.</span>