Polêmica

Dimas vê perseguição política contra Delegado Rérisson e dispara: 'estamos numa democracia'

Delegado Rérisson é suplente de deputado estadual.

Por Redação 932
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10/06/2020 14h47 - Atualizado há 3 anos
Dimas (à esq.) e Rérisson

O presidente estadual do Podemos e prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, afirmou que a Secretaria Segurança Pública (SSP) não pode adotar ações claras de perseguição contra líderes políticos, ao comentar a sindicância contra o Delegado José Rérisson Macêdo.

Como deputado suplente diplomado e por ter exercido a titularidade do cargo, é claro o direito à livre manifestação do delegado Rérisson. Estamos em uma democracia e o aparato estatal não serve para perseguições”, frisou Dimas.

O prefeito também salientou que o Estado, ao invés de fazer perseguição política nos delegados, deveria ampliar os esforços para qualificar o trabalho da Polícia Civil, dando condições para que todos os tipos de crimes possam ser investigados.

Espero que o governador [Mauro Carlesse] solicite ao secretário que reveja e retire essa notificação”, disse Dimas.

O delegado Rérisson, que se licenciou do cargo da Polícia Civil para estar apto a disputar as eleições municipais deste ano em Araguaína, inclusive cotado para a chapa majoritária, foi surpreendido por um documento da Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública informando a abertura de uma sindicância contra ele. A alegação: um post no Facebook com uma suposta referência desrespeitosa a um superior hierárquico.

Estarrecido, procurei compreender do que se tratava tão grave acusação. Foi quando, para minha maior indignação, constatei que a conduta taxada de indisciplinada se tratava, tão somente, do exercício da minha garantia constitucional de livre manifestação de pensamento”, disse o delegado.

Rérisson relatou que fez a postagem em 26 de fevereiro de 2020 no seu perfil pessoal dando opinião contrária sobre o que chamou que “desmantelamento da DEIC Norte”, até então responsável por investigar atos de corrupção em Araguaína e região.

A postagem demonstrava insatisfação de Rérisson com a remoção de um delegado de Araguaína para a cidade de Wanderlândia.

“Não tenho medo de bandido algum, pois se tivesse teria buscado outra profissão”, disparou o delegado.

Setor especializado

O pré-candidato lamentou, ainda, que a Secretaria de Segurança Pública passe a ter um setor especializado em fiscalizar redes sociais de delegados “para tentar amordaçá-los e acusá-los da forma mais arbitrária possível”.

Segundo ele, esse setor, que é a Diretoria de Comunicação da pasta, “chefiado por uma jornalista de confiança do governo”, além de censurar as matérias contrárias aos interesses políticos dos seus chefes, também orquestra inquisições contra as autoridades policiais deste Estado.

Em poucos dias, essa mesma jornalista requereu abertura de investigação contra os delegados Bruno Boaventura e Guilherme Rocha na tentativa de puni-los por não se calarem diante da corrupção que assola o Tocantins e já virou assunto em rede nacional. Agora, usando dos mesmos artifícios, tenta atacar a mim, delegado de Polícia e suplente de deputado estadual”, frisou Rérisson.

O delegado tem 37 anos no serviço público, dentre os quais 19 anos na carreira de delegado de Polícia Civil.

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