<span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u><br /> <br /> Com três meses de governo e Lei Orçamentária já aprovada, ainda não há data definida para que os candidatos aprovados no concurso público da Policia Civil do Tocantins sejam convocados para o Curso de Formação. O resultado final da primeira etapa do certame foi divulgado ainda no dia 18 de dezembro de 2014 e, desde então, os candidatos estão apreensivos.<br /> <br /> Nesta semana, uma Comissão dos Aprovados para o Cargo de Delegado divulgaram nota cobrando respostas do Governo e esclarecendo a situação crítica da segurança pública no Estado. Ao todo, 126 candidatos foram aprovados para o cargo. Por outro lado, lei estadual prevê a existência de 244 cargos de autoridade policial, quantidade que seria satisfatória para um bom e efetivo funcionamento das atividades policiais.<br /> <br /> Segundo a Comissão, apenas 50% dessas vagas previstas em lei estão preenchidas atualmente. Como consequência, o trabalho investigativo fica comprometido favorecendo o crescimento da criminalidade, enquanto muitos delegados estão sobrecarregados, respondendo por várias delegacias simultaneamente. <em>“O preço é pago pela população”</em>, ressalta a Comissão.<br /> <br /> Os candidatos aprovados reconhecem que todo o país "passa por uma crise financeira de poucos precedentes". Porém, de "maior importância e premente necessidade" é a nomeação de Delegados de Polícia Civil para aprimorar a segurança pública, já fragilizada.<br /> <br /> <u><strong>Falta de recursos no governo do Estado</strong></u><br /> <br /> Para a Comissão, a "suposta ou alegada" falta de recursos públicos não deve ser levada em conta para justificar a "inércia" do governo em tomar medidas em relação à segurança pública. Segundo a nota, a alegação de falta de orçamento é contraditória frente as "infindáveis nomeações" para cargos em comissão nesses primeiros meses de governo.<br /> <br /> A Comissão lembra também que desde o ano passado o Ministério Público Estadual (MPE) já ajuizou diversas Ações Civis Públicas cobrando a lotação de Delegados e demais cargos em cidades com defasado efetivo operacional, casos, por exemplo, de Itaguatins, Maurilândia do Tocantins e São Miguel do Tocantins, todas na região norte do Estado.<br /> <br /> <u><strong>Discurso de posse: segurança pública seria prioridade </strong></u><br /> <br /> A comissão lembra ainda que o governador Marcelo Miranda, ciente da enorme deficiência do quadro de Delegados de Polícia Civil, elencou, durante seu discurso de posse, a segurança pública como prioridade do seu governo.<br /> <br /> No entanto, passados três meses de gestão e com a Lei Orçamentária Anual já aprovada (motivo justificado para a demora), "não se vislumbra medidas contundentes e efetivas a fim de suprir tamanha carência de Delegados de Polícia Civil", enquanto os servidores públicos efetivos enfrentam jornadas de trabalho nem um pouco condizentes com a dignidade da pessoa humana.<br /> <br /> <strong><u>Resposta à sociedade</u></strong><br /> <br /> Por fim, a Comissão dos Aprovados cobra uma resposta do Estado para esclarecer à população as medidas "pretendidas e efetivamente tomadas" a fim prestar um serviço de segurança pública à altura do discurso do Chefe do Governo e do merecimento da sociedade.</span>