<span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u><br /> <br /> O presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins, Sandoval Cardoso (SD), determinou a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar o rombo milionário no Instituto de Gestão Previdenciária do Estado (Igeprev).<br /> <br /> A CPI do Igeprev atende requerimento do deputado Aragão que manhã desta quarta-feira (26) apresentou documento contendo assinatura de oito deputados: Sargento Aragão, Eli Borges (Pros), Marcelo Lelis (PV), Freire Júnior (PV), Josi Nunes (PMDB), José Bonifácio (PR), José Augusto (PMDB), José Roberto (PT). Luana Ribeiro (PR), Stálin Bucar (SD) e Solange Duailibe (SD), pediram a retirada de assinatura do pedido de CPI, aprovado em novembro do ano passado. Os demais não compareceram no ato de recolhimento das assinaturas.<br /> <br /> Desde o mês de março do ano passado o deputado Sargento Aragão cobrava esclarecimentos do Igeprev sobre as aplicações financeiras feitas pelo instituto. O deputado chegou a fazer convite e até convocou o então ex-presidente Rogério Villas Boas, para comparecer na AL a fim de prestar esclarecimentos acerca do assunto. Todas as tentativas foram sem sucesso.<br /> <br /> O parlamentar também foi a Brasília e apresentou ao Ministério da Previdência um dossiê com todas as acusações que embasaram o pedido de CPI. Aragão também repassou a situação do Igeprev ao ministro Joaquim Barbosa, em sua passagem pelo Tocantins em novembro do ano passado.<br /> <br /> Segundo o deputado Aragão, os líderes partidários agora terão cinco dias para indicar seus respectivos membros e, caso não o façam, a presidência irá escolhê-los. Logo após este trâmite, a CPI iniciará os trabalhos.<br /> <br /> <u><strong>Rombo</strong></u><br /> <br /> Sargento Aragão já havia estimado um rombo de mais de R$ 300 milhões feitos nos cofres públicos. Entre ele está a liquidação extrajudicial da empresa Diferencial Corretora de Títulos e Valores, por parte do Banco Central. A empresa administrava cerca de R$ 150 milhões do Fundo Previdenciário, o que corresponde a 5% do saldo estimado dos R$ 2,5 bilhões do fundo.<br /> <br /> Uma auditoria feita no Igeprev no início de 2013 demonstrou outra face cruel da administração do patrimônio. De cerca de R$ 3 bilhões do instituto, o Igeprev tinha aplicado no FI Onix RF LP o equivalente a R$ 272 milhões e 740 mil. Sendo que o Igeprev é o único cotista deste fundo.<br /> <br /> No balanço patrimonial do Igeprev em junho de 2012, consta como valor total de aplicações o montante de R$ 2.111.614.287,39. No DAIR (Demonstrativo das Aplicações e Investimentos dos Recursos), foram informados R$ 2.392.851.334,82. Uma diferença, portanto, de R$ 281 milhões. Para justificar, o Igeprev teria informado aos auditores que era uma imposição da Secretaria da Fazenda e que R$ 175.571.201,64 referiam-se a previsão de perdas.</span>