<span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u><br /> <br /> Foi aprovado em segunda e terceira votação na sessão da Câmara de Araguaína (TO), nesta terça-feira (17), o Projeto de Lei que autoriza o Poder Executivo a ofertar gratuitamente exames de vista para alunos da rede municipal de ensino.<br /> <br /> O projeto, de autoria do vereador Batista Capixaba, recebeu 9 votos favoráveis contra três contrários - dos vereadores Divino Bethânia, Luzimar Coelho e Abraão Araújo. Cleudo Negão se absteve. Já os vereadores Marcus Marcelo, Terciliano Gomes e Silvinia Pires não compareceram à sessão. A votação da proposta já tinha sido interrompida outras três vezes por pedidos de vista.<br /> <br /> Conforme o autor do projeto, dados do Ministério da Educação (MEC) mostram que 22,9% dos casos de abandono escolar são motivados pela dificuldade de enxergar. Além disso, 30% das crianças apresentam algum tipo de doença nos olhos e 20% dessas precisam de óculos ainda na idade escolar. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima também que 500 mil crianças ficam cegas a cada ano no mundo inteiro.<br /> <br /> Segundo Batista Capixaba, especialistas alertam que o diagnóstico precoce é sempre a melhor maneira de cuidar do problema. No entanto, muitas famílias não têm condições de pagar uma consulta com especialista e, com o tempo, o problema pode se tornar irreversível. <em>“Muitas vezes a criança relata aos pais a dificuldade de enxergar, a professora também percebe, mas o problema não é resolvido por falta de condições financeiras. Uma consulta particular chega a custar até 300 reais, isso sem falar no preço dos óculos. Com o objetivo de facilitar esse diagnóstico é que propomos esse projeto”</em>, destacou.<br /> <br /> Pesquisas mostram também que crianças com problemas na visão parecem ser desligadas, sem atenção, não demonstram interesse nas atividades e apresentam grande dificuldade em aprender, além de sofrer constantemente de enxaquecas e dores de cabeça. E, quanto mais cedo o problema for identificado, maior será a chance de cura.<br /> <br /> Segundo o vereador, o projeto não onera os cofres públicos, pois a Prefeitura já possui equipamentos e profissionais para realizar os exames, que devem acontecer na própria escola. <em>“A Secretaria de Educação juntamente com a de Saúde organizam um cronograma para que os profissionais visitem cada escola uma vez por ano”</em>, explicou Capixaba.<br /> <br /> O projeto de lei segue para sanção ou veto do prefeito Ronaldo Dimas.</span>