Operação

Candidatos do Tocantins são alvos da PF por desvio de verbas do fundo eleitoral em 2022

Recursos deveriam ter sido usados para financiar campanhas políticas.

Por Redação 1.395
Comentários (0)

15/10/2025 08h31 - Atualizado há 3 semanas
Agentes da PF estão cumprindo 8 mandados de busca e apreensão em Palmas

Notícias do Tocantins - A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (15) quatro operações simultâneas para investigar suspeitas de desvio de recursos públicos e falsidade ideológica eleitoral cometidos por candidatos que disputaram as eleições de 2022 no Tocantins, para os cargos de governador, deputado estadual, deputado federal e senador.

Os investigados são suspeitos de apropriar-se indevidamente de verbas do fundo eleitoral, que deveriam ter sido usadas para financiar campanhas políticas.

As ações, intituladas Operação Atos 5:1-11 (I, II, III e IV), representam o início da fase ostensiva das investigações e visam coletar novas provas e indícios sobre o suposto esquema.

Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em Palmas, expedidos pela 29ª Vara Eleitoral do Tocantins (2º Juízo das Garantias do Núcleo I - 5ª Zona Eleitoral).

VEREADOR DE PALMAS É DETIDO

Atual vereador de Palmas, Rubens Uchôa (UB) foi alvo de buscas e acabou detido por posse ilegal de arma de fogo, mas foi liberado para responder em liberdade após pagar uma fiança. Ele foi candidato a deputado federal em 2022, mas não se elegeu.

A defesa do vereador confirmou que "sua condução até a sede da Polícia Federal ocorreu para prestar esclarecimentos, em razão de uma situação específica envolvendo a posse de arma de fogo". Sobre a investigação da campanha eleitoral, afirmou que ainda não teve acesso aos autos do processo e reitera estar à inteira disposição da Justiça.

Desvio de recursos e falsidade ideológica eleitoral

Segundo a PF, a investigação apura se os candidatos teriam desviado recursos do fundo eleitoral ou utilizado valores de forma ilícita, em práticas como caixa dois ou compra de votos, o que pode configurar graves violações à legislação eleitoral.

Durante a apuração, os agentes buscam identificar todos os envolvidos, mapear a origem e o destino dos recursos públicos e esclarecer se houve ocultação ou falsificação de informações nas prestações de contas de campanha.

Caso confirmadas as irregularidades, os suspeitos poderão responder pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral e apropriação indébita de recursos públicos, cujas penas somadas podem chegar a 9 anos de prisão, além da perda de bens e valores utilizados no esquema.

Operação faz referência a episódio bíblico

O nome da operação — “Atos 5:1-11” — faz referência ao trecho bíblico que narra a história de Ananias e Safira, um casal que ocultou parte de uma oferta e mentiu sobre sua origem, sendo punido por sua conduta.

De forma simbólica, a PF relaciona o episódio à conduta investigada, já que os suspeitos teriam ocultado a real destinação dos valores recebidos, simulando o uso correto dos recursos de campanha.

Comentários (0)

Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

(63) 3415-2769
Copyright © 2011 - 2025 AF. Todos os direitos reservados.