Tocantins

Carlesse veta 51 projetos de lei de autoria de deputados e apenas três são derrubados

Veto sobre fim da tarifa mínima de água e energia foi derrubado.

Por Redação 703
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13/07/2021 10h21 - Atualizado há 2 anos
Dos 51 vetos, apenas três foram derrubados pelos deputados

A Assembleia Legislativa do Tocantins analisou 51 vetos do governador Mauro Carlesse (PSL) a projetos de lei, maioria de autoria dos próprios deputados, durante sessão extraordinária na noite desta segunda-feira (12).

O plenário concordou com os argumentos do governador e manteve quase totalidade dos vetos, arquivando os projetos de lei. No caso dos vetos derrubados, apenas três, a lei será promulgada.

O governador veta uma proposta quando a lei é considerada inconstitucional, gera insegurança jurídica, contraria o interesse público, cria despesas para o governo ou tem vício de iniciativa, isto é, deveria ser de autoria do Executivo, e não dos deputados.

Entre as propostas vetadas – integral ou parcialmente - há projetos sobre alterações no Código Tributário do Estado, concessões de crédito fiscal, criação de programas sociais, extinção de tarifas e impostos em serviços públicos, mudanças no Estatuto dos Servidores, estadualização de estradas vicinais, licenciamento para exploração de recursos naturais, utilização de energias renováveis em edificações públicas, instituição do Código de Defesa do Empreendedor, isenção de ICMS para armas de fogo, entre outros temas.

PROPOSTAS VETADAS

Uma das propostas vetadas, por exemplo, é de autoria da deputada Valderez Castelo Branco (PP). Ela defendia a instituição do Programa de Fiscalização, Cadastro de Jovens Moradores de Rua. Outra, do deputado Ricardo Ayres (PSB), queria a adoção de bônus na pontuação dos candidatos no processo seletivo e ingresso nos cursos de graduação em universidades públicas do Tocantins.

O Plenário manteve também o veto à proposta do deputado Nilton Franco (MDB), que altera a Lei n° 3.208/2017, que cria o Fundo de Alocação de Recursos das Emendas Parlamentares.

Já o deputado Olyntho Neto (PSDB), que defendia a vedação da cobrança do imposto sobre propriedade de veículos automotores (IPVA), após a comunicação de venda do veículo, teve sua proposta vetada.

Também foi vetada proposta que visava garantir às mulheres vítimas de violência doméstica prioridade nos programas habitacionais e de habitação popular. O tema foi defendido pelos parlamentares Luana Ribeiro (PSDB), Vanda Monteiro (PSL) e Ricardo Ayres (PSB).

Outros vetos são de autoria de ex-deputados, como Paulo Mourão, que defende a instituição de equipe de transição pelo candidato eleito para o cargo de governador do Estado. Ele também propôs a instituição da Política Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica. Outro projeto de lei, como instituição do Estatuto da Pessoa com Câncer no Estado do Tocantins, de autoria do ex-deputado Wanderlei Barbosa, foi vetado.

VETO DERRUBADO

Apenas três vetos do governador foram derrubados. O primeiro projeto é de autoria do deputado Jorge Frederico (MDB), que trata da extinção da cobrança de tarifa mínima ou de assinatura básica pelas concessionárias prestadoras de serviços no Estado.

Os dois últimos são de autoria da deputada Valderez Castelo Branco (PP). Um, torna obrigatório o teste do coraçãozinho (oximetria de pulso) em crianças após o nascimento, nas maternidades e hospitais do Tocantins. O outro, concede a prorrogação do auxílio maternidade referente ao período em que o bebê fica internado no hospital.

O saldo final da votação confirma a manutenção dos vetos aos projetos de lei dos seguintes parlamentares: Jorge Frederico (MDB), Cleiton Cardoso (PTC), Eduardo Siqueira Campos (DEM), Elenil da Penha (MDB), Vanda Monteiro (PSL), Professor Junior Geo (PROS), Jair Farias (MDB), Issam Saado (PV), Nilton Franco e Léo Barbosa (Solirdariedade).

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