Dilma e Kátia Abreu têm encontro com Barack Obama para pedir o fim do embargo à carne brasileira

Por Redação AF
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29/06/2015 16h02 - Atualizado há 5 anos
<span style="font-size:14px;">A ministra da Agricultura, senadora K&aacute;tia Abreu (PMDB/TO), participa nesta segunda-feira, 29, em Washington, nos Estados Unidos, de jantar com a presidente Dilma Roussef e o presidente dos Estados Unidos, Barak Obama.&nbsp; Na ter&ccedil;a, 30, a Ministra e a Presidente t&ecirc;m nova reuni&atilde;o com o Presidente norte-americano e, em seguida, almo&ccedil;o com o vice-presidente dos Estados Unidos.<br /> <br /> Nos encontros com os l&iacute;deres norte-americanos, a presidente Dilma Roussef e a ministra K&aacute;tia Abreu t&ecirc;m o objetivo de sensibilizar o presidente norte-americano a extinguir o embargo da carne bovina brasileira por parte daquele pa&iacute;s.<br /> <br /> Os Estados Unidos s&atilde;o os maiores consumidores de carne bovina do planeta com um total de 1,6 milh&otilde;es de toneladas/ano, dos quais 1,02 milh&atilde;o de toneladas/anos produto de importa&ccedil;&otilde;es. Com a certifica&ccedil;&atilde;o do Brasil em 100% livre da febre aftosa com vacina&ccedil;&atilde;o, a Ministra v&ecirc; como certa a abertura do mercado norte-americano para a carne brasileira, beneficiando, ainda, os exportadores tocantinenses.<br /> <br /> Na balan&ccedil;a comercial tocantinense (excluindo os EUA ainda com embargo) o Estado exportou no ano passado o equivalente a US$ 80 milh&otilde;es de carne bovina (e derivados). De janeiro a maio de 2015, essa exporta&ccedil;&atilde;o j&aacute; alcan&ccedil;ou o patamar de US$ 71 milh&otilde;es (dados da Cacex/Minist&eacute;rio da Ind&uacute;stria e Com&eacute;rcio Exterior).<br /> <br /> Mesmo sem a carne bovina, os Estados Unidos foram, em 2014, os maiores compradores de produtos tocantinenses, alcan&ccedil;ando a cifra de US$ 82 milh&otilde;es (52,02%). De janeiro a maio deste ano a posi&ccedil;&atilde;o foi conquistada pela China que importou do Tocantins US$ 26,1 milh&otilde;es contra US$ 24,1 milh&otilde;es importados pelos Estados Unidos. <em>&ldquo;Vamos abrir este mercado para os produtores do Tocantins, &eacute; uma luta antiga, conseguimos com muito esfor&ccedil;o a certifica&ccedil;&atilde;o da OIE que abriu mercados na Europa e agora teremos dos Estados Unidos</em>&rdquo;, disse a Ministra.<br /> <br /> <strong><u>Mercado da carne bovina&nbsp;</u></strong><br /> <br /> Em quase uma d&eacute;cada e meia, de 2000 a 2014, as vendas externas brasileiras de carne bovina cresceram 727%, saindo de US$ 779 milh&otilde;es para US$ 6,4 bilh&otilde;es, de acordo com n&uacute;meros da Confedera&ccedil;&atilde;o da Agricultura e Pecu&aacute;ria do Brasil (CNA). No ano passado, segundo a Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira das Ind&uacute;strias Exportadoras de Carne (Abiec), o Brasil vendeu carne bovina in natura para 151 pa&iacute;ses. E, ainda, carne bovina industrializada exportada para outros 103 pa&iacute;ses.<br /> <br /> Ao mesmo tempo, segundo dados do Censo Agropecu&aacute;rio de 2006, o mais recente, a regi&atilde;o Norte do pa&iacute;s foi a que apresentou maior crescimento do rebanho bovino, entre 1996/2006, com taxas anuais de 6,14%. Esse crescimento foi marcado, principalmente, pelo excepcional desempenho apresentado pelos estados do Par&aacute;, Rond&ocirc;nia e Tocantins.<br /> <br /> Produ&ccedil;&atilde;o mundial - Levantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) prev&ecirc; que, em 2015, a produ&ccedil;&atilde;o mundial de carne bovina chegar&aacute; a 59,7 milh&otilde;es de toneladas equivalentes em carca&ccedil;a. O Brasil, com 17% da produ&ccedil;&atilde;o mundial, est&aacute; na segunda coloca&ccedil;&atilde;o entre os maiores produtores mundiais, superado apenas pelos EUA, com 19%. No caso das exporta&ccedil;&otilde;es, o Brasil liderou, no ano passado, com 21% das vendas mundiais de carne bovina, vindo em segundo lugar a &Iacute;ndia, detentora de 19% do mercado internacional do produto.<br /> <br /> A carne bovina est&aacute; entre os principais produtos do agroneg&oacute;cio brasileiro, presente em praticamente todos os estados. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (Ibge), existem no Brasil 2 milh&otilde;es e 673 mil estabelecimentos agropecu&aacute;rios com bovinos no pa&iacute;s, al&eacute;m de uma &aacute;rea de pastagem superior a 158 milh&otilde;es de hectares. A cadeia produtiva da carne, segundo a CNA, movimenta recursos de R$ 167,5 bilh&otilde;es ao ano, gerando perto de sete milh&otilde;es de empregos.<br /> <br /> O Valor Bruto da Produ&ccedil;&atilde;o do segmento (VBP), ao final de 2015, dever&aacute; ser de R$ 93 bilh&otilde;es, n&uacute;mero expressivo se comparado com o desempenho do ano passado: R$ 78 bilh&otilde;es. O fato &eacute; que o consumo de carne bovina est&aacute; crescendo no mundo devido a tr&ecirc;s fatores b&aacute;sicos: aumento da renda; mudan&ccedil;a nos h&aacute;bitos de consumo; e crescimento populacional, indica estudo da Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para Agricultura e Alimenta&ccedil;&atilde;o (FAO). Em 2050, prev&ecirc; a FAO, a popula&ccedil;&atilde;o mundial dever&aacute; superar 9 bilh&otilde;es de pessoas e a demanda por mais alimentos e prote&iacute;nas ir&aacute; crescer. (Com informa&ccedil;&otilde;es da CNA).</span>
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