O ex-assessor de Olyntho tinha amplos poderes para representar a empresa Sancil.
A Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (Dracma) instaurou um inquérito policial para investigar o deputado estadual Olyntho Neto (PSDB) e seu ex-assessor Lívio de Morais Severino.
Esse é o segundo inquérito instaurado pela Dracma tendo como alvo o deputado. O outro apura a possível prática de crime de peculato no caso da apreensão de R$ 500 mil em espécie com o irmão do parlamentar, o advogado Luís Olyntho Rotoli Garcia de Oliveira, nas vésperas das eleições de outubro numa caminhonete alugada à Assembleia Legislativa.
No novo inquérito, a polícia leva em consideração uma denúncia anônima segundo a qual uma pessoa identificada apenas como Lívio estaria fazendo negócios em nome da Sancil Sanantonio Construtora e Incorporadora Ltda no município de Barra do Ouro.
Segundo a Polícia Civil, a empresa pertence à família Olinto e é a responsável por acumular quase 100 toneladas de lixo hospitalar num galpão clandestino no Distrito Agroindustrial de Araguaína.
Com o aprofundamento das investigações, a Dracma constatou que Lívio, na verdade, trata-se de Lívio de Morais Severino, então assessor parlamentar lotado no gabinete de Olyntho de 1º de junho de 2017 até 22 de novembro deste ano, quando foi exonerado após o escândalo.
Por meio de consulta a cartórios, as investigações constataram a existência de procuração pública da Sancil dando amplos poderes de representação ao ex-assessor do deputado.
O inquérito policial instaurado objetiva apurar a existência de crimes contra a administração pública consubstanciados na utilização de servidor público para fins particulares.