<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u><br /> <br /> O rombo no Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev) pode chegar a meio bilhão de reais, conforme o Ministério da Previdência Social. Os prejuízos confirmados já somam R$ 298 milhões.<br /> <br /> O fato mais emblemático dessa novela é que, nos anos de 2011 a 2012 [quando ocorreram as aplicações irregulares], o presidente do Conselho Administrativo do Instituto era o secretário de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos, que também é candidato declarado à sucessão do pai.<br /> <br /> O pré-candidato ao Governo foi nomeado para o cargo em 24 de março de 2011 e ficou até meados de junho de 2012, quando o Igeprev já demostrava interesses em fazer investimentos duvidosos. Tamanha a importância do Conselho que até o presidente do Instituto é subordinado ao órgão. <br /> <br /> Conforme relatório de auditores do Ministério da Previdência, em agosto de 2012, o Igeprev já possuía aplicações irregulares, e ilegais, em dez fundos, o que teria causado prejuízos de R$ 153,6 milhões com o BVA (liquidado), R$ 143 milhões no Diferencial (liquidado pelo BC) e R$ 46 milhões no FIDC Trendbank, administrado pelo banco Cruzeiro do Sul (também liquidado).<br /> <br /> Eduardo Siqueira, como Presidente do Conselho, tinha competência para aprovar, privativamente, a política de investimentos dos recursos do Igeprev. A previsão está na Lei 1.940, de 1º de julho de 2008, que criou o Igeprev, segundo a qual é da competência do Conselho decidir sobre os investimentos das reservas garantidoras dos benefícios concedidos pelo Igeprev, ”observadas a política e as diretrizes estabelecidas pelo Conselho de Administração”.<br /> <br /> <u><strong>CPI do Igeprev</strong></u><br /> <br /> Nesta terça-feira (5) ocorreu na Assembleia Legislativa uma Audiência Pública para discutir a situação do Instituto. Sem a presença de nenhum representante do Governo do Estado, 14 deputados decidiram assinar um requerimento para instauração de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o rombo no Igeprev.<br /> <br /> Ainda, no último dia 29 de outubro, a Justiça suspendeu a transferência de recursos exclusivos do Igeprev para pagamentos do Plansaúde.<br /> <br /> De acordo com o juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública de Palmas, Sândalo Bueno do Nascimento, a finalidade é “resguardar a viabilidade financeira do sistema previdenciário estadual”, e evitar que um “dano irreparável” possa ser.</span></div>