<span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u><br /> <br /> Três das empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção na estatal Petrobras também fizeram doações generosas para as campanhas eleitorais no Tocantins. As empresas são investigadas na operação La Jato, da Polícia Federal.<br /> <br /> Entre os candidatos a governador, senador e deputados federais eleitos pelo Tocantins, cerca de R$ 1.483.998,40 foram doados por algumas das construtoras investigadas, a OAS, UTC e Queiroz Galvão.<br /> <br /> Na última sexta-feira (14), a Polícia Federal prendeu 21 executivos, entre eles três presidentes de empreiteiras e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, ligado ao PT. É o maior esquema de corrupção da história da estatal. Juntas, estas empresas têm contratos com a Petrobrás que somam R$ 59 bilhões. Segundo as investigações, parte desses contratos se destinava a "esquentar" o dinheiro que irrigava o caixa de políticos e campanhas no País.<br /> <br /> Entre os candidatos tocantinenses, a maior beneficiada com as doações foi a senadora reeleita <u>Kátia Abreu</u> (PMDB). Sozinha ela ficou com 64% de tudo que as construtoras investigadas doaram no Tocantins, com um total de R$ 950 mil. Esse valor representa 13,6% dos R$ 6.973.075,42 que Kátia declarou ao TSE ter arrecadado nas eleições deste ano.<br /> <br /> Em seguida veio o desconhecido deputado federal eleito, <u>Vicentinho Júnior</u> (PSB). Ele recebeu R$ 250 mil da UTC e outros R$ 50 mil da Queiroz Galvão, construtora concessionária da duplicação do trecho da BR-153 entre Anápolis (GO) e Aliança do Tocantins. No total, Vicentinho recebeu R$ 300 mil de doações dessas duas empreiteiras.<br /> <br /> Mas as doações não param por aí. A deputada federal eleita <u>Josi Nunes</u> (PMDB) recebeu R$ 100 mil da OAS. O governador eleito <u>Marcelo Miranda</u> (PMDB) recebeu R$ 50 mil da OAS. O governador <u>Sandoval Cardoso</u> (SD), candidato derrotado, recebeu R$ 41.999,20 da UTC, mesmo valor que esta empreiteira doou ao candidato a senador derrotado Eduardo Gomes (SD).<br /> <br /> As informações são do jornalista <a href="http://www.clebertoledo.com.br/politica/2014/11/17/65219-empreiteiras-que-tiveram-executivos-presos-na-operacao-lava-jato-doaram-r-1-4-milhao-a-candidatos-do" target="_blank">Cleber Toledo</a>.<br /> <br /> <u><strong>Na cadeia</strong></u><br /> <br /> Executivos dessas três empreiteiras que doaram dinheiro às campanhas do Tocantins - OAS, UCT e Queiroz Galvão - também foram presos pela Polícia Federal na sexta-feira. O maior número de presos na Lava Jato foi da OAS, num total de cinco pessoas, entre elas, o próprio presidente da empreiteira, José Aldemário Pinheiro Filho; o vice-presidente do conselho de administração da empresa, Mateus Coutinho de Sá Oliveira; além do diretor Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Alexandre Portela Barbosa e José Ricardo Nogueira.<br /> <br /> Da UTC, foram presas quatro pessoas: o presidente, Ricardo Ribeiro Pessoa, e Ednaldo Alves da Silva, Walmir Pinheiro Santana e Carlos Alberto Costa Silva.<br /> <br /> A Queiroz Galvão teve dois executivos presos: o presidente Ildefonso Collares Filho, e o diretor Othon Zanoide de Moraes Filho.</span>