<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;">Com as aulas suspensas logo após a rebelião na Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota – UTPBG, em dezembro de 2009, o Colégio Estadual Sonhos de Liberdade volta a funcionar nas instalações do presídio localizado na cidade de Araguaína. Nesta segunda-feira, 16, os reeducandos e autoridades participaram da reinauguração da escola, que vai oferecer da alfabetização ao ensino médio, propiciando aos detentos a remição da pena.<br /> <br /> <u><strong>Benefício: redução da pena</strong></u><br /> <br /> A frequência às aulas garantirá a redução de um dia da condenação para cada três estudados. A escola funcionará nos períodos matutino e vespertino, com seis salas com capacidade para atender 10 alunos por período. Os alunos foram selecionados pela empresa Humanizare, entre outros critérios, pelo bom comportamento e somente os presos condenados. Através do Programa Brasil Alfabetizado os reeducandos poderão aprender a ler e escrever, para posteriormente ingressar na modalidade EJA – Educação de Jovens e Adultos.<br /> <br /> O discurso das autoridades presentes durante a reinauguração alinhou-se no enaltecimento do benefício. Para o juiz de Execuções Penais, Herisberto e Silva Furtado e Caldas, os reeducandos devem ver este benefício como um divisor de águas. “Cumpram suas penas com dignidade e aproveitem as oportunidades. Muitos, em breve, terão uma progressão de regime e os estudos devem continuar”, recomendou o Juiz.<br /> <br /> <img alt="" src="http://www.afnoticias.com.br/administracao/files/images/Site_alunos.jpg" style="width: 300px; height: 200px; border-width: 0px; border-style: solid; margin-left: 5px; margin-right: 5px; float: left;" />O defensor público Rubismark Saraiva acrescentou que percebe o funcionamento da escola como um direito respeitado, que vai garantir estabilidade emocional aos presos. Afirmação esta em concordância com a visão do reeducando A.R., 22 anos, que disse ser a ação um bom começo. “É um projeto bom, mas falta melhorar outras coisas. Quem está lá fora se esquece da gente, queremos ser respeitados em todos os nossos direitos”, declarou.<br /> <br /> Para a professora Camila Reis dos Santos, os reeducandos são como qualquer aluno que precisa ser motivado. “A redução da pena é um incentivo, mas o professor precisa ser um agente transformador, que incentive a mudança de vida dos detentos, com uma metodologia criativa e atraente”, explicou a professora.</span></div>