O uso indiscriminado de lâmpadas UV-C pode causar cegueira e até câncer.
A Universidade Federal do Tocantins (UFT), em Araguaína, já concluiu a produção de 23 esterilizadores manuais com raios ultravioleta tipo C. Os equipamentos serão doados para unidades hospitalares e vão ajudar no combate ao coronavírus (Covid-19).
Os esterilizadores foram desenvolvidos pelo Laboratório de Pesquisa em Materiais para Aplicações em Dispositivos Eletrônicos (Labmade). Um protótipo do equipamento havia sido apresentado no mês de maio passado.
Segundo o professor Alexsandro Silvestre da Rocha, integrante da equipe do Labmade, cada dispositivo levou cerca de uma hora para ser produzido e tem a mesma eficiência dos modelos comerciais. Participam do projeto, além do professor Rocha, os professores Cláudia Adriana da Silva, Nilo Maurício Sotomayor Choque e Regina Lélis de Sousa, e a técnica do Labmade, Denísia Brito Soares.
Rocha destacou que o grupo também trabalha na pesquisa de outros protótipos, como o esterilizador de ar ambiente, também elaborado com materiais de baixo custo. O uso de raios ultravioleta tipo C (UV-C) permite a desinfecção por meio da interação da radiação com os microrganismos.
Pesquisas comprovam a eficácia da radiação ultravioleta na esterilização, onde os comprimentos de onda na faixa de 210 e 330 nm são eficientes como germicidas, pois são facilmente absorvidas pelas proteínas e ácidos nucleicos de vírus e bactérias, provocando o rompimento de cromossomos e a consequente morte destes.
O professor alerta, entretanto, que o uso indiscriminado e sem cuidados técnicos de lâmpadas UV-C pode causar cegueira e até câncer. A equipe do Labmade pode ser contactada pelo e-mail do professor Rocha (alexsandro@uft.edu.br).
VEJA TAMBÉM
+ UFT de Araguaína desenvolve esterilizador que elimina o coronavírus e tem baixo custo