Ex-prefeito suspeito de grilagem de terras doou R$ 750 mil para campanhas de Kátia e Irajá Abreu

Por Redação AF
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29/11/2014 09h34 - Atualizado há 5 anos
<span style="font-size:14px;"><u>Da Reda&ccedil;&atilde;o</u><br /> <br /> O &ldquo;bra&ccedil;o pol&iacute;tico e financeiro&rdquo; de uma organiza&ccedil;&atilde;o investigada pela Pol&iacute;cia Federal de Mato Grosso por suspeitas de grilagem de terras da Uni&atilde;o injetou R$ 750 mil nas campanhas eleitorais da senadora K&aacute;tia Abreu (PMDB), poss&iacute;vel Ministra da Agricultura, e do seu filho, deputado federal Iraj&aacute; Abreu (PSD).<br /> <br /> O piv&ocirc; do esquema trata-se do ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Marino Franz, que foi preso na quinta-feira (27) durante a Opera&ccedil;&atilde;o Terra Prometida. Franz &eacute; um dos maiores empres&aacute;rios do agroneg&oacute;cio em Mato Grosso, apontado pelo Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal como &ldquo;muito rico, propriet&aacute;rio de diversas fazendas, empresas do agroneg&oacute;cio e s&oacute;cio-administrador da Fiagril&rdquo;. Foi tamb&eacute;m prefeito de Lucas do Rio Verde por dois mandatos, entre 2004 e 2012.<br /> <br /> Conforme o sistema de presta&ccedil;&atilde;o de contas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marino Franz e a sua empresa, a Fiagril Ltda., injetaram na campanha eleitoral do Tocantins R$ 800 mil. A Fiagril colocou R$ 350 mil e o pr&oacute;prio empres&aacute;rio, R$ 450 mil, direcionados ao Comit&ecirc; Financeiro &Uacute;nico do PMDB, segundo o <em>Portal CT</em>.<br /> <br /> Do dinheiro de Franz, o Comit&ecirc; Financeiro &Uacute;nico do PMDB repassou R$ 200 mil para a senadora K&aacute;tia Abreu e outros R$ 200 mil para o deputado Iraj&aacute; Abreu.<br /> <br /> A Fiagril investiu diretamente na campanha de K&aacute;tia os R$ 350 mil. Desse valor, ela repassou R$ 100 mil ao filho, Iraj&aacute; Abreu. As doa&ccedil;&otilde;es est&atilde;o formalmente declaradas, por isso, por si s&oacute;, elas n&atilde;o representam qualquer irregularidade.<br /> <br /> <strong><u>Atua&ccedil;&atilde;o da organiza&ccedil;&atilde;o</u></strong><br /> <br /> De acordo com a Pol&iacute;cia Federal, a organiza&ccedil;&atilde;o vendia lotes do Incra (Instituto Nacional de Coloniza&ccedil;&atilde;o e Reforma Agr&aacute;ria) destinados &agrave; reforma agraria.<br /> <br /> Conforme a PF, 80 fazendeiros aplicaram esse golpe em mil terras da Uni&atilde;o, o que pode ter gerado um preju&iacute;zo de R$ 1 bilh&atilde;o aos cofres p&uacute;blicos.<br /> <br /> O ex-prefeito, Marino Franz, &eacute; apontado como um dos mais poderosos de todo esquema. Os empres&aacute;rios Odair e Milton Geller, irm&atilde;os do ministro da Agricultura, Neri Geller, tamb&eacute;m foram presos na opera&ccedil;&atilde;o e est&atilde;o no Centro de Cust&oacute;dia de Cuiab&aacute;.<br /> <br /> Na opera&ccedil;&atilde;o, o juiz federal F&aacute;bio Henrique Rodrigues Fiorenza determinou a pris&atilde;o preventiva de 52 pessoas 146 mandados de busca e apreens&atilde;o e 29 medidas proibitivas. Entre os presos e investigados est&atilde;o sindicalistas, pol&iacute;ticos, servidores p&uacute;blicos do Incra, colaboradores, fazendeiros e empres&aacute;rios.</span>
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