<span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u><br /> <br /> Reportagem do jornal Folha de S.Paulo mostrou que as eleições 2014 caminham para ser concluídas em turno único em apenas 11 unidades da Federação. Nessas localidades, o primeiro colocado ultrapassa as intenções de voto de todos os seus adversários somados, além da margem erro das pesquisas.<br /> <br /> Entre os 18 governadores candidatos à reeleição, apenas 6 estão em primeiro lugar nas pesquisas. E só 2 devem garantir uma vitória no 1º turno, considerados os levantamentos mais recentes de intenção de votos: Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo, e Raimundo Colombo (PSD), em Santa Catarina. Todos os outros 16 enfrentam disputas acirradas.<br /> <br /> <u><strong>Tocantins</strong></u><br /> <br /> Conforme a Folha de S.Paulo, a reeleição está praticamente perdida para 4 candidatos à reeleição, já que seus adversários estão em posição de vencer a disputa no primeiro turno de 5 de outubro. Esse é o panorama para Renato Casagrande (PSB), no Espírito Santo, Ricardo Coutinho (PSB), na Paraíba, Zé Filho (PMDB), do Piauí, e Sandoval Cardoso (SDD-Tocantins).<br /> <br /> Segundo pesquisa Vox Populi (15 de agosto), Sandoval aparece com 22% das intenções de votos contra 52% de Marcelo Miranda. A pesquisa Serpes/Jornal do Tocantins (17 de agosto) também mostra a vantagem de Marcelo Miranda com 52,7% e Sandoval Cardoso com 20,1%. <br /> <br /> Conforme a reportagem, o PMDB, partido de Marcelo Miranda, é a legenda com mais candidatos em primeiro lugar. São oito nomes nessa situação. Em seguida vem o PSDB, com seis tucanos liderando as pesquisas. O PT tem três candidatos próprios puxando a fila nas disputas estaduais.<br /> <br /> <u><strong>Cenário</strong></u><br /> <br /> Se as urnas confirmarem essa dificuldade de governadores que tentam se reeleger, há duas leituras mais óbvias para esse fato.<br /> <br /> Primeiro, que o vento de mudança que assola o país não se aplica apenas ao plano federal. Nos Estados os eleitores parecem também desejar uma troca das forças no poder.<br /> <br /> Segundo, que o senso comum contra o mecanismo da reeleição é falho -quando o eleitor não gosta do chefe do Executivo local, nunca há uma reeleição automática, independentemente da força da máquina eleitoral governista.<br /> Trata-se de uma um número historicamente baixo de eleições de governadores em turno único. Desde 1990, quando passou a vigorar esse formato de escolha para chefes do Executivo, só em 1994 houve um número menor de eleitos no primeiro turno (foram nove naquela disputa).<br /> <br /> Na regra eleitoral atual, é necessário ter, pelo menos, 50% mais um dos votos válidos para ficar com a vaga na primeira votação. Quando isso não ocorre, os 2 mais bem colocados se enfrentam novamente num segundo turno.<br /> <br /> O primeiro turno é sempre, como definido na regra legal, no primeiro domingo do mês de outubro. O segundo turno, se necessário, é no último domingo de outubro. Neste ano de 2014, as datas são 5 e 26 de outubro.<br /> <br /> Neste ano de 2014, o partido que mais pode eleger governadores no primeiro turno é o PMDB (em quatro Estados) e o PSDB (em dois Estados).</span>