<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u><br /> <br /> A grande quantidade de objetos que são encontrados em revistas no Presídio Barra da Grota, em Araguaína, pode ter uma explicação. Uma fonte do <strong><em>AF Notícias</em></strong> afirmou que 3 supervisores e um gerente da empresa Umanizzare Gestão Prisional foram afastados de sua funções na unidade, há pouco mais de um mês, por suspeitas de fazerem “vista grossa” à entrada de objetos não permitidos no presídio.<br /> <br /> As suspeitas se deram em decorrência da enorme quantidade de objetos ilícitos que foram encontrados no interior da Unidade durante a última revista no dia 30 de julho quando os agentes apreenderam dezenas de objetos incluindo facas artesanais, alicates, drogas, chips, isqueiros, carregadores de celulares e 24 aparelhos.<br /> <br /> Ainda foram encontradas várias brocas e pedaços de ferros que seriam utilizados para escavar as paredes das celas em um plano de fuga.<br /> <br /> Em julho do ano passado, um funcionário da empresa, que também administra a Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPA), foi autuado em flagrante por repassar aparelhos celulares aos internos.<br /> <br /> <img alt="" src="http://www.afnoticias.com.br/administracao/files/images/objetos%20apreendidos(2).jpg" style="width: 600px; height: 319px;" /><br /> <br /> <strong><u>Presídio de Segurança Máxima</u></strong><br /> <br /> Segundo a fonte, para entrar na Unidade Prisional os visitantes passam por um detector de metal e revista intima, no entanto, os funcionários, principalmente as mulheres, sofrem ameaças por parte de familiares de detentos.<br /> Umanizzare Gestão Prisional<br /> <br /> Desde o dia 1° de dezembro de 2011, a empresa que assumiu a administração da CPPP e do Presídio Barra da Grota, em Araguaína, ficou responsável pelos serviços técnicos e assistenciais, segurança, identificação, prontuário, movimentações, serviços administrativos, alimentação e serviços gerais das duas unidades prisionais.<br /> <br /> O valor do contrato anual é de R$ R$ 25 milhões.<br /> <br /> <u><strong>Sindicato</strong></u><br /> <br /> Para o Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins (SINPOL), só o fato de os funcionários da Umanizare serem contratados, e não concursados, já os deixam vulneráveis e vítimas fáceis da corrupção. Ainda conforme o SINPOL, a empresa não adota critérios rígidos na escolha dos agentes de ressocialização chegando, em vários casos, a contratar ex-presidiários e até pessoas foragidas da justiça. Não há pesquisa da vida pregressa do funcionário, por exemplo.<br /> <br /> <u><strong>Situação vai piorar</strong></u><br /> <br /> A segurança nas unidades prisionais do Tocantins deve ficar ainda mais frágil com a recente terceirização da alimentação que é fornecida aos detentos. Antes as refeições eram preparadas no interior das unidades, com a terceirização, o processo muda, permitindo que objetos sejam inseridos dentro dos marmitex.<br /> <br /> Segundo o Governo, o custo anual do fornecimento de alimentação é no valor de R$ 10 milhões.<br /> <br /> <u><strong>Sem explicações</strong></u><br /> <br /> Tentamos contato com a empresa Umanizzare Gestão Prisional e Serviços Ltda, através de telefone repassado pela Secretaria Estadual da Defesa Social, mas não tivemos êxito. Já a Secretaria não comentou o assunto.</span></div>