Governo diz que salário do professor é o 2º melhor do Brasil tentando induzir que categoria 'reclama de barriga cheia'

Por Redação AF
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25/03/2014 10h01 - Atualizado há 5 anos
<div> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Da Reda&ccedil;&atilde;o</strong></u><br /> <br /> Com a paralisa&ccedil;&atilde;o dos professores da rede estadual desde segunda-feira (24), o Governo do Estado vem usando a imprensa oficial para tentar convencer a popula&ccedil;&atilde;o de que a categoria est&aacute; &ldquo;reclamando de barriga cheia&rdquo;.&nbsp;<br /> <br /> Acuada pela ades&atilde;o em massa dos professores ao movimento grevista, a Secretaria Estadual de Educa&ccedil;&atilde;o (Seduc) usou, mais uma vez, o argumento de que o professor tocantinense recebe o 2&ordm; maior sal&aacute;rio do pa&iacute;s.<br /> <br /> O assunto foi destaque nos sites da Ag&ecirc;ncia Tocantinense de Not&iacute;cias (ATN) e da Secretaria de Educa&ccedil;&atilde;o, nesta ter&ccedil;a-feira (25).<br /> <br /> <img alt="" src="http://www.afnoticias.com.br/administracao/files/images/atn.jpg" style="width: 300px; height: 174px; float: left;" />&nbsp;<img alt="" src="http://www.afnoticias.com.br/administracao/files/images/seduc.jpg" style="width: 300px; height: 174px; float: right;" /><br /> <br /> <br /> <br /> <br /> <br /> <br /> <br /> <br /> <br /> <br /> <br /> O sal&aacute;rio de carreira do professor efetivo tocantinense &eacute; de R$ 3.233,39. E, conforme a Seduc, este &eacute; o segundo melhor sal&aacute;rio pago ao profissional de educa&ccedil;&atilde;o no Brasil, ficando atr&aacute;s apenas do Distrito Federal (DF).<br /> <br /> De acordo com o Governo, a Secretaria de Estado da Educa&ccedil;&atilde;o e Cultura (Seduc) realizou um levantamento consultando os setores de Recursos Humanos e de Comunica&ccedil;&atilde;o de todas as secretarias estaduais de Educa&ccedil;&atilde;o e do Distrito Federal. A constata&ccedil;&atilde;o &eacute; que o professor do Tocantins tem um dos melhores sal&aacute;rios do Brasil.<br /> <br /> <u><strong>M&eacute;dia salarial</strong></u><br /> <br /> Para que seus argumentos fiquem mais dram&aacute;ticos, o Governo do Estado faz tamb&eacute;m um comparativo com a m&eacute;dia nacional. Conforme os dados,&nbsp; um professor em in&iacute;cio de carreira, n&iacute;vel superior, 40 horas, recebe em m&eacute;dia R$ 2.363,38, enquanto no Tocantins o valor &eacute; R$ 3.233,39 superando em 36% a m&eacute;dia nacional.<br /> <br /> Para a secret&aacute;ria da Educa&ccedil;&atilde;o e Cultura, Adriana Aguiar, o sal&aacute;rio de carreira do professor como o segundo maior do Brasil &eacute; importante quando se avalia a valoriza&ccedil;&atilde;o do profissional tocantinense. <em>&ldquo;Quando mostramos que n&oacute;s temos o melhor sal&aacute;rio do Brasil estamos constatando uma situa&ccedil;&atilde;o positiva em rela&ccedil;&atilde;o aos demais profissionais do Pa&iacute;s. E sabemos que o trabalho do professor merece sempre ser valorizado. O esfor&ccedil;o deles em sala de aula tem, sem d&uacute;vida, ajudado o Tocantins a crescer em importantes &iacute;ndices, como o Enem&rdquo;</em>, disse.<br /> <br /> Os dados do levantamento sobre os sal&aacute;rios de carreira referem-se ao sal&aacute;rio bruto, sem gratifica&ccedil;&otilde;es e em in&iacute;cio de carreira do profissional.<br /> <br /> <u><strong>Carga hor&aacute;ria do professor</strong></u><br /> <br /> O Governo tenta tamb&eacute;m convencer de que a carga hor&aacute;ria do professor &eacute; equilibrada entre o tempo em sala de aula e o de planejamento. No Tocantins, das 40 horas semanais, 24 horas s&atilde;o cumpridas em sala de aula e o restante &eacute; reservado ao planejamento.&nbsp;<br /> <br /> Anteriormente, o professor lecionava 32 aulas de 52 minutos cada, totalizando 1.664 minutos por semana. Atualmente s&atilde;o 24 aulas de 60 minutos cada, perfazendo 1.440 minutos. Comparativamente, a redu&ccedil;&atilde;o pr&aacute;tica do trabalho do professor em sala de aula foi menor que 4 horas por semana.&nbsp;<br /> <br /> <u><strong>Sal&aacute;rio &eacute; apenas uma das cobran&ccedil;as</strong></u><br /> <br /> A categoria lembra que a reposi&ccedil;&atilde;o salarial &eacute; apenas um dos pontos cobrados na greve.&nbsp; H&aacute; outros referentes &agrave; regulariza&ccedil;&atilde;o dos repasses financeiros &agrave;s escolas (que t&ecirc;m atrasos constantes desde 2011); a elei&ccedil;&atilde;o direta para diretor de escola e o fim da interfer&ecirc;ncia pol&iacute;tica; a solu&ccedil;&atilde;o definitiva para os servidores remanescentes de Goi&aacute;s que mesmo inclu&iacute;dos no Igeprev est&atilde;o com dificuldades para se aposentar, al&eacute;m do pagamento do retroativo das progress&otilde;es do edital de 2012, prometido para janeiro de 2014 e n&atilde;o cumprido pelo Governo.<br /> <br /> <u><strong>Greve &eacute; leg&iacute;tima</strong></u></span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Para o Sindicato dos Trabalhadores em Educa&ccedil;&atilde;o no Estado (Sintet), o movimento &eacute; leg&iacute;timo e mais de 500 escolas j&aacute; paralisaram as atividades. H&aacute; uma reuni&atilde;o agendada para o pr&oacute;ximo dia 31 deste m&ecirc;s, entre o Sindicato e o Governo, para discutir as reivindica&ccedil;&otilde;es.<br /> <br /> <u><strong>Promessa de campanha eleitoral</strong></u><br /> <br /> Durante a campanha de 2010, o ent&atilde;o candidato a governador Siqueira Campos lembrava, com orgulho, que nos seus governos o professor recebia o equivalente a 10 sal&aacute;rios m&iacute;nimos, hoje n&atilde;o passa de cinco. Nesse sentido, uma de suas propostas era voltar para implantar uma verdadeira pol&iacute;tica de valoriza&ccedil;&atilde;o da categoria, o que at&eacute; agora n&atilde;o aconteceu.</span></div>
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