<span style="font-size:14px;">Pacientes que precisam de transplante de córnea poderão contar com o Banco de Olhos do Tocantins (Boto) e a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO), que estão na fase final de implantação. As unidades, localizadas no Hospital Geral de Palmas (HGP), representarão um grande avanço para a saúde da população do Estado.<br /> <br /> Para que sejam criados, foi necessário solicitar credenciamento e atender os requisitos do Sistema Nacional de Transplante. Estas duas primeiras etapas já foram concluídas e o HGP já conta com toda a estrutura física e humana para captação e realização de transplantes de córnea, faltando apenas a visita técnica do Sistema Nacional.<br /> <br /> Como o Estado ainda não realizava nenhum tipo de transplante de tecidos ou órgãos, os pacientes tinham que se inscrever na lista de outras unidades da Federação. Com a implantação do Boto e da CNCDO, os procedimentos passarão a ser realizados no Tocantins, o que vai gerar maior comodidade aos pacientes e, consequentemente, menos tempo na fila de espera.<br /> <br /> Como o próprio nome sugere, é a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos que cadastra e notifica os pacientes na lista de espera por transplante e é ela que distribui as córneas. Já o Boto é responsável por retirar, processar, avaliar e armazenar o tecido.<br /> <br /> O atendimento será coberto pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, de acordo com a oftalmologista responsável pela implantação do Boto, Núbia Freitas, a tendência é que após a implantação no HGP outros hospitais públicos do Estado e até particulares solicitem autorização junto ao sistema nacional para realização de transplantes de córnea. “Eles podem pedir autorização para captação, para transplante ou para realizar os dois procedimentos”, destacou.<br /> <br /> Núbia explicou que como não se fazia transplantes no Estado, após a implantação do banco de olhos, será necessário fazer um trabalho de conscientização da população. “Não há cultura de doação no Estado. Tendo o Banco de Olhos, vamos começar a sensibilizar a população, pois o transplante é um ato de amor. Lembrar que há o Boto e ajudar uma pessoa que você não conhece num momento de dor é, com certeza, um ato de amor”, disse.<br /> <br /> <u><strong>Transplantes</strong></u><br /> <br /> As córneas podem ser retiradas, com autorização expressa dos familiares, até seis horas após o falecimento do doador. As córneas doadas passam por avaliação para certificação de que podem ser transplantadas, através de exames de sorologia para certificar que o doador não possui doenças transmissíveis, como HIV e Hepatite, e verificação da qualidade do tecido ótico. Sendo aptas para serem transplantadas, a central faz a convocação do paciente da lista de espera do Estado e realiza o transplante. Após a retirada do tecido, a córnea deve ser transplantada no prazo de 14 dias.</span>