<span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u><br /> <br /> Na iminência de uma greve geral no funcionalismo público tocantinense, o Governo do Estado resolveu ceder às pressões dos sindicatos e apresentar outra proposta para pagamento da correção salarial da data-base.<br /> <br /> Antes, o governo tinha apresentado a proposta de pagar 1% na folha de maio de 2015 e o restante, dos 8,3407%, somente em 2016, em duas parcelas. Agora, em reunião com os representantes classistas na manhã desta terça-feira (2) a equipe de análise econômica do Governo propôs o pagamento da data-base em duas parcelas iguais, sendo 4,17% no próximo pagamento e a outra metade em novembro deste ano. Porém, o Governo adiantou que dessa forma, as progressões serão implementadas somente a partir de janeiro de 2016. A reunião aconteceu na sede da Secretaria do Planejamento.<br /> <br /> O Governo ainda se comprometeu a pagar junto a folha de novembro o retroativo aos seis meses anteriores.<br /> <br /> <u><strong>Marcelo Miranda não quis receber os sindicalistas</strong></u><br /> <br /> Representantes de aproximadamente 20 entidades classistas, entre Sindicatos e Associações dos Militares, permaneceram durante horas no Palácio Araguaia, nesta segunda-feira (1º), tentando uma audiência com o governador, no entanto, Marcelo se mostrou irredutível e não quis receber os sindicalistas.<br /> <br /> Alguns secretários do Governo foram chamados e a todo momento entravam e saíam do Gabinete. Na movimentação, o deputado Paulo Mourão, líder do Governo na Assembleia Legislativa, também foi chamado para intermediar a negociação entre o Governo e os Sindicatos.<br /> <br /> Depois de muita conversa entre os Sindicatos e o líder do Governo, uma reunião foi marcada às pressas na Secretaria de Estado da Administração (SECAD) com os membros da Comissão para Análise de Impacto de Pessoal. Os secretários receberam os sindicalistas e ouviram as reivindicações e a exigência de flexibilizar a negociação, apresentando uma nova proposta que contemple o pagamento da data-base em parcela única.<br /> <br /> <u><strong>Greve geral</strong></u><br /> <br /> Os sindicalistas avisaram ao Governo que se a proposta de 1% fosse mantida, a greve geral dos serviços públicos seria a única alternativa.<br /> <br /> O presidente do Sindicato dos Cirurgiões Dentistas, Ricardo Camolesi, disse que as entidades têm tentado, a todo custo, conduzir a negociação por meio do diálogo, mas o Governo “parece surdo” aos apelos e tem “tratado os servidores com desrespeito”, ao achar que serão vencidos por argumentos "insustentáveis e falsos". <em>“É inaceitável pensar que um Governador que se diz democrático e defensor dos servidores públicos, sequer consegue agendar uma reunião com as entidades que representam o servidor”</em>, criticou Ricardo Camolesi .</span>