<span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u><br /> <br /> A tão esperada "lista de Janot", que cita nomes de políticos com possíveis envolvimento no escândalo do Petrolão, foi divulgada nesta sexta-feira (6) após o ministro do Supremo Tribunal Federal, </span><span style="font-size:14px;">Teori Zavascki, ter deferido os pedidos de abertura de inquéritos feito pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, e ter revogado o sigilo das investigações.</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Com a autorização da abertura dos inquéritos, começará agora a efetiva investigação sobre os envolvidos, inclusive com eventuais quebras de sigilos telefônicos, bancários e fiscais. Teori Zavaski também autorizou que todos os documentos referentes a esses inquéritos se tornem públicos e não corram mais em segredo de Justiça.</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">A lista tem nomes de senadores, deputados federais, ex-governadores e ex-ministros de Estado. Conforme o Procurador, a Petrobras pagava propina mensalmente a políticos.</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;"><strong><u>Deputado do Tocantins</u></strong><br /> <br /> O deputado federal Lázaro Botelho (PP), e presidente regional do partido, é o único parlamentar do Tocantins citado na lista de investigados. O Estado possui oito deputados federais e três senadores.<br /> <br /> Em nota, Botelho disse que ficou "surpreso" com a citação do seu nome entre os envolvidos nas investigações da chamada operação "Lava Jato", mas ressaltou "absoluta tranquilidade". "O Deputado vem a público informar que está absolutamente tranquilo e que vai buscar maiores informações para se posicionar melhor sobre o assunto", disse a nota.<br /> <br /> O deputado destacou que trata-se de um "pedido inicial de apuração" e que ele "confia na justiça brasileira". Lázaro Botelho disse ainda ter a certeza de que será provado que ele não tem nenhum envolvimento com o fato que esta sendo apurado. <br /> <br /> <u><strong>Toda cúpula do PP será investigada</strong></u></span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Toda a cúpula do PP na Câmara dos Deputados, inclusive três dos quatro integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, criada justamente para investigar desvios na estatal, virou alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta­feira por suspeita de envolvimento nos desvios apurados na operação Lava­Jato.<br /> <br /> Dos quatro indicados do partido para a CPI da Petrobras, dois – Lázaro Botelho (TO) e Sandes Júnior (GO) ­foram alvos de inquérito. <br /> <br /> A situação é a mesma no Conselho de Ética da Câmara, onde o PP indicou Lázaro Botelho como titular e Covati Filho (RS), como suplente, e que </span><span style="font-size:14px;">também é alvo de inquérito</span><span style="font-size:14px;">. A Comissão tem a função de dar parecer pela cassação do mandato de deputados por quebra de decoro parlamentar.<br /> <br /> Além deles, tiveram inquérito aberto no STF os últimos quatro líderes do PP na Câmara: Mário Negromonte (BA) e Aguinaldo Ribeiro (PB), Arthur Lira (AL) e Eduardo da Fonte (PE).<br /> <br /> Negromonte e Ribeiro ocuparam o cargo de ministro das Cidades no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, Eduardo da Fonte é o atual líder da bancada e Lira, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, por onde passarão os recursos contra a cassação de mandato de parlamentares.<br /> <br /> Do PP, também constam na lista divulgada pelo ministro Teori Zavascki o vice-­presidente da Câmara, Waldir Maranhão (MA), o ex­-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Luiz Carlos Heinze (RS), o presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira (PI), o presidente da sigla no Paraná, deputado Nelson Meurer, e outros 19 deputados ou ex­-deputados federais.</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">O MPF considera que um esquema criminoso montando dentro da Petrobrás contava com a relevante participação de grupos de políticos, ligados ao PP, PT e PMDB que “agiam em associação criminosa, de forma estável no intuito de praticar diversos crimes, dentre os quais corrupção passiva e lavagem de dinheiro”.</span><br /> <br />