Mais fatal que o câncer

Tocantins registrou 2.186 mortes por conta de doenças cardiovasculares só no ano passado

Tabagismo, falta de exercícios físicos e consumo excessivo de bebidas alcoólicas contribuem para o aumento dos casos.

Por Redação 621
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17/06/2019 11h09 - Atualizado há 4 anos
Doenças cardiovasculares matam mais que o câncer

De acordo com dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), 17,5 milhões de pessoas morrem por ano no mundo em decorrência de doenças do coração.

No Brasil, até o final de agosto último, mais de 260 mil pessoas já haviam perdido a vida por causa de doenças cardiovasculares, segundo dados da Campanha Coração Alerta, indicador da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI). Até o final do ano a previsão de mortes por doenças cardiovasculares podem chegar a 400 mil. 

No Tocantins, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) foram registrados 2.186 óbitos por conta de doenças cardíacas que afetam o coração e os vasos sanguíneos, incluindo problemas estruturais e coágulos, em 2018 e 699 em 2019, até o momento. 

A tabela de enfermidades cardiovasculares da SES, inclui 54 tipos de doenças. Segundo o levantamento, o infarto agudo do miocárdio é responsável pelo maior número de mortes. Ao longo dos dois anos, foram registrados 800 óbitos no Estado. Em segundo lugar está a doença cardíaca hipertensiva, com 283 óbitos, seguido do acidente vascular cerebral com hemorragia isquêmica que registrou 238 mortes entre 2018 e 2019. 

O panorama fora do Estado não é diferente. De acordo com estatísticas da SBHCI, o infarto e o AVC são os maiores  responsáveis por mortes em todo o mundo. No Brasil, representam mais de 30% dos óbitos registrados.

Conforme o médico da equipe de hemodinâmica do Hospital Palmas Medical, Eliakin Radke, as doenças cardiovasculares são um conjunto de doenças que afetam o coração, vasos sanguíneos e suas estruturas adjacentes. Entre as enfermidades mais comuns estão a hipertensão arterial sistêmica, a angina precordial, o infarto agudo do miocárdio e os acidentes vasculares cerebrais (AVC), entre outras. 

O especialista explica que a incidência elevada das doenças cardiovasculares se deve a uma soma de fatores. A questão genética de cada pessoa, a dieta inadequada, tabagismo, falta de exercícios físicos, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e a presença de outras doenças associadas, como o diabetes, hipertensão arterial sistêmica e colesterol elevado são alguns deles. 

"As doenças cardiovasculares matam mais do que câncer, acidentes e mortes violentas, porém, as pessoas muitas vezes por desconhecimento ou por não terem sintomas não se dão conta dos riscos a médio e longo prazo que fatores como hipertensão arterial mal controlada, obesidade, tabagismo, sedentarismo podem acarretar. Por conta disso, acabam não procurando acompanhamento para o diagnóstico, não aderindo ao tratamento ou deixando de manter acompanhamento. Essa consciência da importância dos fatores de risco é primordial para diminuir a mortalidade das doenças cardiovasculares", afirmou Eliakin Radke.

Eliakin conta que o acompanhamento regular com o médico cardiologista, assim como tentar manter o peso ideal, a prática recorrente de exercícios físicos, a diminuição do consumo de sal, abandonar o consumo de cigarro, auxiliam de maneira positiva. "Resumindo, buscar ter uma vida mais saudade e feliz é primordial", disse. 

O comerciante Rogério Santos, 63 anos, é um dos pacientes que precisam conviver com as doenças cardiovasculares. Hipertenso e com problemas de colesterol alto, ele já precisou realizar um cateterismo que indicou um quadro preocupante de saúde.

Mesmo praticando exercícios e com a alimentação regular, o idoso conta que se assustou ao descobrir que foi diagnosticado como um paciente que sofre com problemas cardíacos. 

"Descobri que estava com uma obstrução e foi preciso colocar dois stents para resolver o problema. No meu caso foi a tempo, faço acompanhamento regularmente com cardiologista então ele percebeu uma alteração nos exames e recomendou o tratamento. Os problemas cardíacos são comuns na minha família e mesmo já esperando, é preciso cuidar, ficar de olho. Sou muito novo ainda, quero viver bastante", concluiu.  

Equipe de especialistas

Com uma equipe de médicos especialistas, o Hospital Palmas Medical trabalha com o serviço de hemodinâmica, que se dedica a realização de exames diagnósticos e procedimentos terapêuticos cardiovasculares e neurológicos por meio de técnicas minimamente invasivas, reduzindo tempo de internação e complicações.

A tecnologia dos equipamentos e equipes capacitadas são algumas das aliadas na realização de tratamentos complexos com segurança adicional e com maior eficiência, diminuindo os riscos de complicações, exposição à radiação, tempo de internação e mais rápida recuperação e retorno às atividades. 

"A Unidade de Hemodinâmica do Hospital Palmas Medical é equivalente às unidades de hemodinâmica mais modernas do mundo e é capaz de realizar todos os procedimentos diagnósticos e terapêuticos cardiológicos, neurológicos e vasculares, como cateterismo cardíaco, coronariografia angioplastia coronária e periférica com implante de stents, valvuloplastias mitral e aórtica, TAVI (implante valvar aórtico percutâneo), procedimentos congênitos entre outros tratamentos", disse Eliakin Radke.

Para a realização destes procedimentos, a equipe é formada por cardiologistas intervencionistas, neurorradiologistas, cardiologista pediátrico intervencionista, angiologistas, cirurgiões cardiovasculares, anestesiologistas e enfermeiras especialistas e equipe de técnicos de enfermagem e de apoio nas demais atividades. 

"A Hemodinâmica do Hospital Palmas Medical tem como diferencial uma equipe médica altamente especializada, os mais modernos recursos tecnológicos e a missão de sempre buscar um atendimento de excelência e o bem estar do paciente e familiares", ressaltou o médico.

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