<span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u><br /> <br /> Mais de 2 milhões de pessoas foram, neste domingo (15), às ruas para protestar contra a presidente Dilma Rousseff (PT), dois meses e meio após ela dar início ao segundo mandato numa acirrada disputa com o PSDB, principal adversário político do PT.<br /> <br /> Os manifestantes pediram o fim da corrupção, reclamaram da situação econômica e defenderam o impeachment da presidente. Uma minoria falou em intervenção militar. O antipetismo foi a marca comum entre todos os grupos que decidiram protestar.<br /> <br /> <strong><u>Tocantins</u></strong><br /> <br /> No Estado mais novo da federação ocorreram protestos nas três principais cidades: a capital Palmas; Araguaína e Gurupi. </span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Em Araguaína, estimativas da Polícia Militar dão conta de que aproximadamente 500 pessoas se uniram em protesto pela manhã pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Os manifestantes saíram da Praça do Galo, no Setor Entroncamento, percorrendo a principal avenida comercial da cidade por cerca de 2 km, até a Praça das Bandeiras, onde cantaram o Hino nacional. <br /> <br /> O movimento teve a participação de representantes de Organização Não Governamental (Ongs), dos Policiais Civis em greve desde o dia 25 de fevereiro, de associações e até dos maçons, que seguiram em frente com uma faixa verde exclamando "Fora PT". <br /> <br /> Segundo a Polícia Militar, nenhuma ocorrência foi registrada durante o protesto que foi pacífico.</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Já em Palmas a manifestação começou por volta das 16 horas com caminhada pelas ruas e finalizou na Praça dos Girassóis, com a participação de cerca de 10 mil integrantes, segundo a PM. O evento também foi pacífico. Os organizadores fizeram estimativa de mais de 18 mil pessoas<br /> <br /> Segundo Batista Ribeiro, um dos organizadores, o objetivo foi alertar os brasileiros para evitar que o comunismo impere no Brasil. <em>“Que fazer aqui o que fizeram com Cuba e Venezuela”</em>, reclamou.<br /> <br /> Em Gurupi, no sul do Estado, cerca de 400 pessoas saíram às ruas em manifestação pacífica.</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Maior protesto após as "Diretas- Já"</strong></u><br /> <br /> Segundo o instituto Datafolha, essa foi a maior manifestação política registrada no Brasil desde o movimento das "Diretas-­Já", em 1984. Em São Paulo, a Avenida Paulista foi praticamente toda tomada. Grupos organizados discursaram de carros de som para um público predominantemente vestido de verde e amarelo. Políticos de oposição até participaram dos protestos, mas preferiram ficar à margem, sem comandar palavras de ordem. Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB), principais adversários de Dilma em 2014, comemoraram a mobilização via rede social.<br /> <br /> O governo foi surpreendido com a quantidade de gente que foi às ruas. Dilma chegou a afirmar a auxiliares que as manifestações deixam a situação política “mais complicada” do que em junho de 2013, quando uma série de protestos derrubaram a popularidade da presidente.<br /> <br /> <u><strong>Panelaço para ministros</strong></u><br /> <br /> Para dar uma resposta formal aos atos, Dilma escalou dois ministros para falar com a imprensa. Enquanto seus discursos eram transmitidos por programas de TV, várias capitais voltaram a repetir o panelaço de domingo da semana passada.</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Houve manifestações em repúdio à gestão petista nas capitais e em, ao menos, 185 cidades do País. Atos, bem mais tímidos, também foram realizados em Nova York, Londres, Paris e Buenos Aires.<br /> <br /> Segundo informações oficiais das Polícias Militares dos Estados, no mínimo, 1,950 milhão de brasileiros foram às ruas, a maioria vestida de verde e amarelo e com cartazes pedindo impeachment, renúncia da presidente e até mesmo a intervenção militar.<br /> <br /> Em São Paulo, a Polícia Militar calculou cerca de 1 milhão de pessoas na Avenida Paulista por volta das 15 horas, momento de maior concentração no local. <br /> <br /> Outras capitais. Capitais como Vitória e Porto Alegre chegaram à marca de 100 mil manifestantes, segundo as PMs locais, superando até mesmo a expectativa da organização. Em Curitiba, foram calculadas 80 mil pessoas. E em Goiânia, 60 mil.<br /> <br /> Tradicional reduto do PT, o Nordeste teve passeatas nas nove capitais da região. Cerca de 75 mil nordestinos, segundo a PM, participaram dos protestos</span>