<span style="font-size:14px;"><u>Arnaldo Filho</u><br /> <em>Portal AF Notícias</em><br /> <br /> De janeiro a maio de 2015, os gastos do Governo do Estado do Tocantins com pessoal e encargos sociais aumentaram R$ 271,5 milhões, quando comparado com o mesmo período do ano passado, segundo dado disponíveis no Portal da Transparência.<br /> <br /> As despesas saltaram de 1,1 bilhão de reais (R$ 1.174.476.397,48) para 1,4 bilhão (R$ 1.446.074.362,14) apenas nos cinco primeiros meses do novo governo de Marcelo Miranda (PMDB), que está à frente do Executivo estadual pela 3ª vez, após ter sido cassado, em 2009, devido a distribuição indiscriminada de óculos durante as edições do programa "Governo Mais Perto de Você".<br /> <br /> Embora no início do mandato o governador tenha anunciado uma redução significativa no número de secretarias e órgãos, bem como 20% nos cargos comissionados, os gastos cresceram em quase todas as pastas, desde aquelas que têm função eminentemente política, como a Secretaria-Geral de Governo, até a Polícia Militar.<br /> <br /> <u><strong>Aumentos astronômicos</strong></u><br /> <br /> A Secretaria de Governo registrou um aumento astronômico nos gastos com pessoal, saltando de R$ 2,9 milhões, de janeiro a maio de 2014, para R$ 4,3 milhões no mesmo período desse ano. A Polícia Militar saiu de R$ 135,3 milhões para R$ 155,6 milhões.<br /> <br /> Até a Secretaria de Representação do Estado, em Brasília (DF), teve aumento nos gastos. No início da gestão, o governo mudou a sede da pasta de uma mansão para salas comerciais com o objetivo de reduzir custos. Mas, os gastos com pessoal subiram de R$ 881,8 mil para R$ 1,1 milhão.<br /> <br /> A Secretaria de Comunicação Social teve um aumento superior a 100%, passando de R$ 1,5 milhão para R$ 3,4 milhões este ano.<br /> <br /> Pouquíssimas secretarias conseguiram reduzir os gastos, a exemplo da Secretaria de Planejamento, e outras permaneceram praticamente estáveis, como a Secretaria de Trabalho e Assistência Social e Secretaria da Habitação.<br /> <br /> Já a Secretaria de Articulação Política, comandada pelo araguainense Paulo Sidnei, gastou quase R$ 500 mil, o que dá uma média de R$ 100 mil/mensais.<br /> <br /> <strong><u>Redução de gastos anunciada, mas não concretizada na prática</u></strong><br /> <br /> Ainda em janeiro, Marcelo Miranda reformulou a estrutura administrativa do Governo do Estado reduzindo de 60 para 43 o número de secretarias e autarquias. Algumas foram extintas e outras fundidas. A proposta anunciada era de reduzir em R$ 40 milhões os gastos com folha de pagamento.<br /> <br /> <strong><u>Tocantins continua no vermelho</u></strong><br /> <br /> No entanto, o Tocantins continua no vermelho. Um dos motivos para o aumento nos gastos com folha de pagamento pode ser o excesso de nomeações. Atualmente, o Estado tem mais de 11,6 mil servidores temporários, além de milhares em cargos em comissão.<br /> <br /> No fim de abril de 2015, o Tocantins já figurava entre os quatro Estados brasileiros que extrapolaram o limite máximo de gastos com funcionalismo estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (49% da receita corrente líquida).<br /> <br /> <u><strong>Problema começou com Marcelo Miranda</strong></u><br /> <br /> No Estado, as despesas com o funcionalismo tiveram o maior crescimento no primeiro mandato de Marcelo Miranda (PMDB), passando de 35,7% da receita corrente liquida, em 2003, para 44,7% quatro anos depois.<br /> <br /> Desde então, o Estado nunca mais ficou abaixo da primeira linha de alerta da Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 44,1%, no fim de mandato. O Tocantins bateu o recorde na gestão de Sandoval Cardoso (SD), que, em oito meses, subiu os gastos com funcionalismo de 48,7% para 50,9% da receita corrente liquida, extrapolando o limite máximo.<br /> <br /> <u><strong>Veja o quadro comparativo</strong></u><br /> <br /> <img alt="" src="http://www.afnoticias.com.br/administracao/files/images/aumento%20de%20gastos.jpg" style="width: 606px; height: 1004px;" /><br /> <em>(Alguns dados não constam no quadro em razão da secretaria ter sido extinta ou fundida com outra).</em></span>