Saúde

Médicos de Araguaína realizam a 1ª hemodiálise contínua do Tocantins; conheça procedimento

Procedimento tem a capacidade de remover lentamente grandes volumes de líquido.

Por Redação
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24/07/2024 14h05 - Atualizado há 1 hora
Treinamento em Araguaína

Notícias do Tocantins - Profissionais de saúde de Araguaína começaram, nesta terça-feira (23), um treinamento para a realização da primeira hemodiálise contínua na história do Tocantins.

O treinamento, que segue até quinta-feira (25), é realizado no Instituto Sinai, hospital que se torna pioneiro e referência nesse tipo de procedimento no Estado. 

Quem está à frente do treinamento da equipe é a empresa NovoRIM Serviços de Nefrologia, dos médicos Jassônio Mendonça, Samuel Figueiredo e Gustavo Gonçalves.

O nefrologista Jassônio Mendonça conta que a hemodiálise contínua é mais benéfica ao paciente do que o procedimento tradicional, pois tem a capacidade de remover lentamente grandes volumes de líquido e toxinas acumuladas por causa da insuficiência renal, evitando episódios de queda da pressão arterial e minimizando sequela renal permanente.

“Na hemodiálise convencional, normalmente o paciente fica ligado na máquina durante 4 horas, mas o período não é suficiente para retirada de todo o líquido necessário. Agora imagine a diferença entre você retirar 4 litros de líquido em 4 horas ou a mesma quantidade durante 24h. A chance de cair a pressão do paciente é muito menor", explicou.

Conforme o profissional, a hemodiálise contínua usa uma máquina totalmente diferente (Prismax) que fica ligada ao paciente por 72 horas com um único kit. O Sinai ganhou 4 kits para o treinamento da equipe. “Então, a gente consegue manejar o líquido de maneira muito mais fisiológica, ao longo dos dias, e isso não desestabiliza o paciente”, frisou. As primeiras terapias serão iniciadas ainda nesta semana.

Além disso, a máquina consegue fazer uma terapia multiórgãos, trazendo oportunidade de Araguaína oferecer tratamento de plasmaférese, procedimento que remove e substitui o plasma sanguíneo do paciente e é utilizado para tratar várias doenças autoimunes e rejeições.

"Será um ganho muito grande para toda a região de Araguaína. Vamos utilizar a tratamento em pacientes graves internados na UTI do Hospital Sinai, que não toleram a hemodiálise convencional, independente de convênio ou SUS", afirmou o médico Jassônio Mendonça.

A hemodiálise contínua é indicada principalmente para pacientes em estado crítico, internados na UTI, que não toleram a diálise convencional, segundo o médico. É uma terapia que existe nas grandes capitais do Brasil e está no rol da Agência Nacional de Saúde (ANS).

Máquina usada no procedimento
Treinamento em Araguaína
Hemodiálise contínua é mais benéfica ao paciente

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