<span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u><br /> <br /> A indicada da senadora Kátia Abreu (PMDB) para a Secretaria Estadual de Educação e Cultura, Mila Jaber, comunicou ao governador Marcelo Miranda (PMDB) que não assumirá mais a pasta. A decisão, tomada nesta quinta-feira (1º), antes da posse, veio depois que circulou nos bastidores a notícia de uma discussão bastante acalorada da senadora com Miranda, na tarde de terça-feira (30). Kátia estaria insatisfeita com algumas indicações, que gostaria de ter feito, a exemplo da Secretaria de Agricultura, Adapec e Ruraltins.<br /> <br /> O deputado e presidente do PSD Irajá Abreu, filho da senadora, estaria também exigindo a Habitação, Naturatins e Itertins.<br /> <br /> Segundo informações, a senadora, e agora Ministra da Agricultura, não aceitou que outros fizessem as indicações e decidiu mandar seus aliados entregar os cargos. Mila Jaber justificou “motivos pessoais”. Em nota à imprensa, Kátia e Marcelo negaram as divergências e o rompimento político, como já se comenta nos bastidores. No entanto, a saída de Mila mostra a profundidade da crise entre os (ex)aliados.<br /> <br /> Outros indícios mostram que a relação entre o governador e a senadora não está nada boa. Marcelo Miranda, durante seus dois discursos, um na Assembleia Legislativa e outro no Palácio Araguaia, fez uma imensa lista de agradecimentos, mas em momento algum citou o nome de Kátia Abreu, sua principal aliada e defensora na campanha eleitoral de outubro.<br /> <br /> Além disso, nem Kátia e nem seus filhos - o deputado federal Irajá Abreu (PSD) e o vereador Iratã Abreu (PSD) - compareceram à solenidade de posse de Marcelo. <br /> <br /> Kátia Abreu afirmou em nota que “nunca fez exigências de cargos na futura administração” de Marcelo Miranda, respeitando a competência do governador eleito.<br /> <br /> Já Marcelo tentou contornar a situação ao afirmar que os rumores “refletem a insatisfação de setores contrariados com as mudanças que ocorrerão neste Estado”.<br /> <br /> Para Marcelo, a informação é uma tentativa “maldosa” de gerar intriga e desunião, mas não vai abalar a convicção das forças que se uniram para transformar o Estado e promover as mudanças que o Tocantins precisa e o povo tanto deseja.<br /> <br /> <u><strong>PSD não participará do governo</strong></u><br /> <br /> Em nota, o Partido Social Democrático, de Irajá Abreu, disse que respeita o "legítimo direito” do governador escolher os nomes de sua equipe, “embora tenha em seus quadros nomes qualificados e preparados”.<br /> <br /> Ainda conforme a nota, o PSD deseja êxito à administração de Marcelo Miranda “apesar de não participar diretamente do Governo”. O partido afirmou que não prosperam “quaisquer ilações contrárias que possam induzir cisões partidárias na aliança vitoriosa de 2014”.</span>