<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u>Arnaldo Filho</u><br /> <em>Portal AF Notícias</em><br /> <br /> Luciane Lauzimar Hoepers tem 1,75 metro de altura, olhos verdes e 33 anos de idade. Vista em revistas masculinas, sites de ensaios sensuais e programas de TV, ela também era uma das armas da quadrilha acusada de desviar R$ 50 milhões de fundos de pensão de servidores de prefeituras e governos estaduais.<br /> <br /> Segundo a Polícia Federal (PF), o grupo usava mulheres bonitas para se aproximar de prefeitos e dos gestores dos fundos e captar recursos para a empresa Invista, operada pela quadrilha.<br /> <br /> Luciane foi presa na quinta-feira (23), na Operação Miqueias da PF para desbaratar a quadrilha que fraudava os fundos de pensão. As investigações levaram à prisão de ao menos 20 pessoas na semana passada, além do cumprimento de dezenas de mandados de busca e apreensão. Ao longo de 18 meses de investigação, o grupo movimentou R$ 300 milhões.<br /> <br /> <u><strong>Tocantins e Araguaína</strong></u><br /> <br /> A PF identifica Luciane como ligada ao doleiro Fayed Antoine Traboulsi, um dos líderes da associação criminosa revelada pela Operação Miqueias. Os telefonemas interceptados pela PF mostram que Luciane tinha um papel muito ativo na organização, mantendo vários contatos com políticos.<br /> <br /> Segundo a PF, Luciane não se limitava a trocar telefonemas. Ela também viajava para fechar os negócios. Em 30 de abril de 2013, em telefonema com Alline Teixeira Olivier, outra integrante da associação criminosa, ela relata que esteve no Estado do Tocantins e que ia para o Mato Grosso do Sul.<br /> <br /> - <em>Eu estou indo para Mato Grosso do Sul buscar cliente novo, ficar uma semana lá. Tem duas cidades já com cadastro, tudo pronto, deve ser aportado alguma coisa.</em> <strong><em>Ontem eu estava em Tocantins, em umas cidades lá. Há uma propensão de fechar umas três cidades lá em grande</em></strong> - disse Luciane.<br /> <br /> - <em>Que bom, viu amiga, que bom </em>- respondeu Alline.<br /> <br /> Não há informações se Luciene esteve em Araguaína, mas o motivo da visita ao Tocantins seria para dar continuidade à tentativa de seduzir alguns gestores para investir recursos dos Institutos de Previdência na empresa "Invista" do doleiro Fayed, preso pela Polícia Federal.<br /> <br /> Segundo escutas da PF, o encontro do prefeito aconteceu no dia 16 de outubro do ano passado sob o intermédio do deputado federal Eduardo Gomes (PSDB).<br /> <br /> <u><strong>Aplicações em bancos oficiais</strong></u><br /> <br /> Por meio de sua assessoria, o prefeito Ronaldo Dimas disse que foi procurado pela empresa, mas garantiu que não efetuou qualquer negociação.<br /> <br /> Segundo a nota, os cerca de R$ 76 milhões do IMPAR estão aplicados apenas em fundos administrados por bancos oficiais, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal e, no momento, estuda também, a proposta do Banco da Amazônia.<br /> <br /> A prefeitura disse ainda que a dívida das gestões anteriores com o IMPAR, de aproximadamente R$ 30 milhões, foi parcelada e vem sendo paga rigorosamente em dia.<br /> <br /> <u><strong>Igeprev</strong></u><br /> <br /> Segundo o Jornal Correio Brasiliense, Rogério Villas Boas Teixeira de Carvalho, ex-presidente do Instituto de Previdência do Estado do Tocantins (Igeprev), estaria envolvido nas investigações com relação à empresa do doleiro Fayed.<br /> <br /> O ex-presidente foi exonerado do cargo na última sexta-feira (27), "a pedido". <br /> <br /> Segundo o jornalista Mino Pedrosa, em seu blog, <em>“as operações Elementar e Miquéias da Polícia Federal alcançaram o estado do Tocantins. A empresa do doleiro Fayed recheou com pagamentos o cartão de crédito e deposito na conta bancária do presidente do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins (Igeprev), Rogério Villas Boas. A Polícia Federal está atuando em duas frentes, primeiro são as “piabas”, agora, deve aparecer os tubarões que estavam em contato com o doleiro Fayed”</em>, disse.</span></div>