Araguaína

Imobiliária propõe venda de lotes do Alto Bonito com R$ 9 mil adiantados: 'não temos condições'

Uma reunião foi realizada nessa segunda-feira (05) para buscar uma solução para o impasse.

Por Redação 1.483
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06/11/2018 08h21 - Atualizado há 5 anos
Moradores acampados na prefeitura

Os moradores do Setor Alto Bonito, em Araguaína, não ficaram satisfeitos com a negociação realizada nesta segunda-feira (05) para desocupação dos 173 lotes no bairro.

As tratativas ocorreram durante reunião com representantes dos moradores e da imobiliária proprietária da área, Ministério Público Estadual, Defensoria Pública, prefeito Ronaldo Dimas e Câmara de Vereadores.

Antes da reunião, as famílias ficaram uma semana acampadas em frente à prefeitura para pressionar o poder público municipal. Os imóveis são ocupados desde 2001, mas em 2015 a justiça determinou a reintegração de posse em favor da imobiliária.

"Antes, o dono da imobiliária pedia R$ 20 mil à vista para cada morador. O prefeito propôs ao dono da área que os moradores paguem R$ 5 mil de entrada e 20 parcelas de R$ 500. O dono não quis, ele quer a entrada de R$ 9 mil, os lotes de esquina vão valer R$ 25 mil. Os moradores não têm condição de pagar isso, somos pessoas simples que vivemos com um salário mínimo”, disse Kaíque Aparecido, presidente da associação de moradores. A proposta será repassada aos moradores.

A Prefeitura considerou que a negociação avançou com redução de 10% no valor da entrada e parcelamento do pagamento para evitar a desocupação da área.
 
"Na negociação de hoje, a entrada no valor de cada lote passou de R$ 10 mil para R$ 9 mil e com parcelas de R$ 500 ou de acordo com a renda de cada família", informou Ronaldo Dimas.
 
A Prefeitura ainda ressaltou que após a intermediação, os moradores que concordarem com a proposta da imobiliária deverão entrar com pedido de conciliação junto ao Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) ou por meio da Defensoria Pública.

Desconto em impostos

O Município ainda propôs a redução do Imposto Sobre Transmissão de Imóveis (ISTI) aos moradores de baixa renda. “Caso haja acordo, enviaremos à Câmara projeto de lei para conceder a redução e eles possam pagar apenas um valor simbólico”, afirmou o prefeito.
 
Outra ação proposta pela Prefeitura é a isenção de juros e multas em relação ao Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) em atraso desde 2001. Dimas falou que, se o proprietário do loteamento aceitar a proposta de redução da entrada para R$ 6 mil, será realizado parcelamento do tributo às famílias de baixa renda.

Proposta com redução

Segundo o proprietário do terreno, Fabiano Ferraz, o parcelamento só foi possível após as intermediações. “Estou fazendo o parcelamento, mas não precisaria, estou aberto a negociações nesse sentido. Se for pagamento à vista, pode ser feito no meu escritório, a prazo será via Cejusc”, disse.

O proprietário ainda deu a opção aos ocupantes de abatimento nas parcelas, caso a entrada seja maior que R$ 9 mil.  Ficou acordado também que as parcelas serão fixas e sem juros. A primeira poderá ser paga em 60 dias após o acordo na Justiça.

Reunião ocorrida na segunda

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