Luto

Morre aos 113 anos pioneira tocantinense dona Jovelina Cruz, a 'Jovem do Garimpinho'

A idosa sempre foi uma pessoa muito admirada por todos na região.

Por Márcia Costa | Conteúdo AF Notícias 3.817
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14/04/2022 15h16 - Atualizado há 2 anos
Jovelina Ferreira Cruz morreu aos 113 anos

Morreu na noite dessa quarta-feira (13/4) a pioneira tocantinense centenária Jovelina Ferreira Cruz, aos 113 anos de idade, conhecida carinhosamente como a 'Jovem do Garimpinho'. A idosa morava na cidade de Ananás, no Bico do Papagaio.

Em 2020, a idosa foi entrevistada pelo AF Notícias e contou um pouco de sua história. Ela nasceu em Governador Valadares (MG) no dia 15 de janeiro do ano de 1909, ou seja, no ínicio do século passado, e viveu por mais de 50 anos em Ananás.

Além de mãe, dona Jovelina era avó, bisavó e tataravó. Ela era muito admirada na cidade por viver lúcida e ainda conseguia fazer tarefas como colocar linha na agulha para costurar.

Confira um pouco da entrevista feita em 31/02/2020

Ao saber dessa moradora ilustre, o AF Notícias resolveu entrevistá-la. Dona Jovelina revelou que o principal segredo da longevidade é a fé em Deus. "Se for para dizer algo aos jovens de hoje é para se apegarem em Deus, não façam coisas ruins. Quanto mais bem se faz, mais bem se vive", disse.

Dona Jovelina era viúva, mas contou com muito orgulho que se casou apenas uma vez e criou os 9 filhos na roça. "Gostava muito de trabalhar na roça. Hoje consigo colocar a linha na agulha e converso muito com as pessoas, e ainda benzo crianças. As pernas de vez em quando ficam dormentes, mas consigo andar segurando nas paredes", disse.

O aniversário em 2020 foi feito pelos familiares na frente da casa e o número 111 na decoração chamou a atenção até dos policiais militares da cidade, que de tanta curiosidade decidiram ir à residência perguntar o que estava acontecendo.

"Vimos que tinha uma festa na frente da residência durante patrulhamento e também notamos uma numeração fora do comum, o 111. Perguntamos às pessoas presentes o que seria aquele evento e a razão da numeração. Foi aí que disseram que uma senhora estava aniversariando e, então, tivemos que parar para conhecer a dona Jovelina”, disse o sargento Evaldo Luiz.

A idosa centenária disse que não se arrependia de nada que fez durante sua longa vida. "Fiz tudo com muito esforço, trabalhei muito e, apesar de ter sofrido nessa vida por causa das dificuldades, fiz tudo com gosto. Não tenho do que me arrepender. Quero viver muito mais. Hoje a coisa mais importante pra mim é a minha vida", afirmou.

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