MPE recomendará que Governo apure abandono de cargos por policiais civis e faz elogios à PM
Por Redação AF
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27/03/2015 18h09 - Atualizado há 5 anos
<span style="font-size:14px;">O Ministério Público Estadual (MPE) definiu nesta sexta-feira, 27, a linha de atuação dos Promotores de Justiça do Estado do Tocantins nas ações relacionadas à greve da Polícia Civil. A reunião, realizada na sede do MPE, em Palmas, contou com a presença de diversos membros da Capital e das Comarcas do interior. O encontro foi coordenado pelo Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial (Gecep).<br /> <br /> De acordo com o Promotor de Justiça André Ramos Varanda, coordenador do Grupo, ficou definido que será encaminhada Recomendação ao Governo do Estado a fim de que seja instaurado processo administrativo para apurar abandono de cargo dos servidores, que já estão há mais de 30 dias sem cumprir sua jornada de trabalho.<br /> <br /> Segundo o MPE, também serão solicitadas informações sobre o corte de ponto dos policiais civis em greve, em função da ilegalidade do movimento paredista, já declarada por decisão judicial. Os Promotores de Justiça de todas as Comarcas do Estado terão apoio do Gecep para propor eventuais ações penais e de improbidade administrativa.<br /> <br /> Os membros do MPE decidiram externar reconhecimento aos relevantes serviços prestados pela Polícia Militar durante o período de greve, garantindo o cumprimento de direitos constitucionais tanto dos reeducandos e seus familiares, quanto dos órgãos do sistema de Justiça.<br /> <br /> <u><strong>Entenda</strong></u><br /> <br /> A greve da Polícia Civil do Tocantins começou no dia 25 de fevereiro depois que o governador Marcelo Miranda suspendeu por decreto os efeitos financeiros da</span><span style="font-size:14px;"> 2.851/2014 que realinha os salários de nível susperior na categoria.<br /> <br /> Segundo o Sindicato dos Policiais Civis, o alinhamento da carreira beneficia de cerca de 1,3 mil profissionais e foi promovido pelo próprio governador Marcelo Miranda em 2007, na sua penúltima gestão.<br /> <br /> Porém, a regulamentação da conquista se arrastou por todos os governos seguintes e só veio a ocorrer em abril do ano passado, para ter efeitos financeiros parcelados em quatro vezes a partir de janeiro de 2015.</span>