<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u><br /> <br /> Falhas na gestão é um dos vários problemas apontados no relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o Hospital Regional de Araguaína (HRA). Os dados foram coletados no mês de agosto deste ano. A direção da unidade hospitalar era exercida pelo médico Kaio Diniz, que pediu exoneração em outubro, e atualmente pela médica Jane Augusto Guimarães.<br /> <br /> <u><strong>Problemas</strong></u><br /> <br /> De acordo com o relatório, um grave problema constatado é a interrupção constante dos serviços de radioterapia. O hospital possui apenas um acelerador, o qual funciona 18 horas por dia, atendendo 103 pacientes diariamente, há mais de 10 anos. Na visita à Unidade de Radioterapia, que é a única do estado, a equipe do TCU constatou que o funcionamento desse aparelho sofreu dezenas de interrupções de janeiro a agosto.<br /> <br /> No entanto, segundo informações, dois outros aceleradores poderiam estar funcionando, mas não houve a definição do local onde eles seriam instalados. Um deles foi doado há cinco anos. Segundo a auditoria, ninguém soube indicar a causa da não instalação do equipamento.<br /> <br /> <u><strong>Deficiências no armazenamento de medicamentos e insumos</strong></u><br /> <br /> Conforme a auditoria, atualmente esses produtos ficam armazenados em um galpão. O controle de saída de fármacos é manual e não está sendo utilizado o Sistema MV 2000. Não foi contratado um serviço de segurança, a qual é prestada por agentes de portaria com desvio de função. O depósito fica localizado numa esquina com fácil acesso, o que pode facilitar eventuais roubos de material.<br /> <br /> <u><strong>Deficiência no cadastro de usuários</strong></u><br /> <br /> A auditoria do TCU constatou ainda deficiência do cadastro de usuários dos serviços ambulatoriais regulados. Segundo o relatório, algumas fichas de usuários do ambulatório não se encontravam cadastradas na regulação. Havia 108 fichas de pacientes da área de otorrino que não estavam cadastradas na fila.<br /> <br /> O centro de reabilitação também não atende à demanda em decorrência do pequeno espaço físico disponível. A nutricionista não tem sala própria, ela divide o cômodo com a fonoaudióloga e a terapeuta ocupacional.<br /> <br /> O TCU disse ainda que os visitantes de internados não dispõem de uma estrutura mínima de acolhimento. “Não há lugar para esperar a sua vez, logo, os visitantes ficam na calçada sob sol e chuva aguardando visitar os familiares e amigos”, afirmou o relatório.<br /> <br /> <u><strong>Sem exames</strong></u><br /> <br /> Os exames laboratoriais externos (a cargo da empresa contratada Diagsul) não estavam sendo realizados, desde fevereiro de 2013, em decorrência da não liberação do alvará pela vigilância sanitária estadual e municipal.<br /> <br /> <u><strong>Casa de apoio</strong></u><br /> <br /> Na Casa de Apoio aos pacientes em tratamentos oncológicos não existe aparelho de ar-condicionado nas enfermarias. Banheiros e ventiladores não funcionam; a fossa aberta causa mau cheiro e perigo; não há segurança na portaria; as janelas não possuem vidros e falta material de expediente, conforme o relatório do Tribunal de Contas da União.</span></div>