Polêmica

'Não serei instrumento de censura', diz delegado ao criticar decreto da 'mordaça'

Entre outros pontos, a medida proíbe os delegados de divulgar nomes de pessoas investigadas.

Por Redação 1.908
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12/03/2019 12h01 - Atualizado há 5 anos
Delegado Guilherme Rocha

O delegado titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial Contra a Administração Pública (Dracma), Guilherme Rocha, afirmou que não irá barrar o trabalho da imprensa em futuras operações que estiver coordenando mesmo com o 'decreto da mordaça' assinado pelo governador Mauro Carlesse.

O polêmico decreto proíbe os delegados de criticar autoridades públicas em entrevistas ou divulgar nomes de pessoas investigadas em operações policiais, e também proíbe que o cumprimento de mandados de busca e apreensão seja acompanhado pela imprensa.

Determina ainda que buscas em repartições públicas só podem ser realizadas com o conhecimento e autorização do Delegado-Geral de Polícia, cargo que é preenchido por indicação direta do governador.

Não serei instrumento de censura. Publicidade é princípio constitucional. A imprensa livre tem papel fundamental no combate à corrupção, provendo luz e voz para que esse mal enfraqueça e seu combate se torne efetivo”, afirmou em uma rede social.

O decreto de Carlesse divulgado nessa segunda-feira (11) está sendo bastante criticado pelos delegados do Estado e já foi até repudiado pelo sindicato da categoria, o Sindepol.  

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