Operação desarticula quadrilha suspeita de fraudar INSS no Tocantins e 4 estados; rombo estimado é de R$ 170 milhões

Por Redação AF
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23/06/2015 09h43 - Atualizado há 5 anos
<span style="font-size:14px;">Uma quadrilha especializada em fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) &eacute; alvo de uma opera&ccedil;&atilde;o da Pol&iacute;cia Federal (PF), em conjunto com o Minist&eacute;rio da Previd&ecirc;ncia Social, na manh&atilde; desta ter&ccedil;a-feira (23). Na a&ccedil;&atilde;o, intitulada &quot;Lapa da Pedra&quot;, est&atilde;o sendo cumpridos 78 mandados de busca e apreens&atilde;o, 4 de pris&atilde;o tempor&aacute;ria e 70 de condu&ccedil;&atilde;o coercitiva no Tocantins, Distrito Federal, Goi&aacute;s, Alagoas e Minas Gerais. A estimativa &eacute; de que o esquema causou um rombo de R$ 170 milh&otilde;es nas contas da previd&ecirc;ncia.<br /> <br /> Expedidos pela Justi&ccedil;a Federal, os mandados foram cumpridos nas cidades de Formosa (GO), Goi&acirc;nia (GO), Palmas (TO), Macei&oacute; (AL), Uberl&acirc;ndia (MG), Buritis (MG) e em regi&otilde;es administrativas da capital federal. Segundo a PF, v&aacute;rias pessoas ser&atilde;o submetidas &agrave; nova per&iacute;cia m&eacute;dico-previd&ecirc;nci&aacute;ria. Cerca de 300 policiais federais e 60 servidores da Previd&ecirc;ncia Social participam da a&ccedil;&atilde;o.<br /> <br /> A investiga&ccedil;&atilde;o foi iniciada ap&oacute;s a pol&iacute;cia constatar uma fraude de R$ 6 milh&otilde;es, que afetaram 51 benef&iacute;cios. Na segunda fase da apura&ccedil;&atilde;o, o preju&iacute;zo foi calculado em R$ 31 milh&otilde;es, em aproximadamente 400 benef&iacute;cios. De acordo com a PF, se todos os fraudadores recebessem os benef&iacute;cios indevidamente at&eacute; a expectativa de vida de cada um, o preju&iacute;zo poderia chegar &agrave; quase R$ 170 milh&otilde;es. O grupo atuava principalmente em fraudes e benef&iacute;cios urbanos e rurais. As fraudes remontam mais de 10 anos de a&ccedil;&atilde;o do grupo.<br /> <br /> Para conseguir desviar os recursos p&uacute;blicos, o esquema contava com o aux&iacute;lio de servidores da Previd&ecirc;ncia Social, que inseriam dados falsos nos sistemas de cadastro, concedendo benef&iacute;cios a pessoas que n&atilde;o tinham direito ao benef&iacute;cio. Outros concediam benef&iacute;cios ao setor rural, com o aux&iacute;lio de declara&ccedil;&otilde;es falsas do Sindicato Rural local. O bando contava com apoio de despachantes, contadores, empres&aacute;rios, atravessadores junto ao INSS. A PF tamb&eacute;m apura a participa&ccedil;&atilde;o de advogados.<br /> <br /> <u><strong>Novas per&iacute;cias</strong></u><br /> <br /> No intuito de revisar todos os trabalhos e concess&otilde;es de benef&iacute;cios, uma interven&ccedil;&atilde;o administrativa foi feita na Ag&ecirc;ncia da Previd&ecirc;ncia Social de Formosa (GO). A previs&atilde;o &eacute; de que muitos segurados devem ser intimados para dar explica&ccedil;&otilde;es e, caso n&atilde;o tenham direito, podem ter os benef&iacute;cios extintos, devolver o valor que j&aacute; foi pago e responder &agrave; Justi&ccedil;a.<br /> <br /> Todos os envolvidos v&atilde;o responder por crime de estelionato previdenci&aacute;rio, falsifica&ccedil;&atilde;o previdenci&aacute;ria, falsidade ideol&oacute;gica, inser&ccedil;&atilde;o de dados falsos em sistema de informa&ccedil;&otilde;es e organiza&ccedil;&atilde;o criminosa. A opera&ccedil;&atilde;o &eacute; chamada Lapa da Pedra em refer&ecirc;ncia a um s&iacute;tio arqueol&oacute;gico localizado em Formosa, cujas marcas deixadas pelos paleol&iacute;ndios possibilitaram sua descoberta, o mesmo tendo ocorrido com as marcas deixadas pela organiza&ccedil;&atilde;o criminosa.</span>
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