<span style="font-size:14px;">A exploração de novos nichos de mercado e o associativismo são ferramentas conhecidas dos empresários, mas nem sempre é possível aplicá-las satisfatoriamente em meio às atribulações e rotinas de trabalho. O palestrante Luiz Eugênio Fernandes Duarte chamou atenção para estas necessidades durante o 3º Encontro de Líderes, promovido pela Associação Comercial e Industrial de Araguaína – ACIARA, na noite do último dia 19. “<em>Não há facilidades no comércio”</em>, alertou Luiz ao afirmar que é preciso reinventar-se constantemente no mercado e estar sempre atento às necessidades do cliente.<br /> <br /> O empresário e vice-presidente da Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF) também enfatizou o associativismo entre os empresários. “Quando eles se relacionam, todos ganham. Se o comércio vai bem, a indústria vai bem, os impostos e empregos são gerados, a sociedade ganha. Por isso é preciso unir forças”, disse Luiz. E esta necessidade vale principalmente para as micro e pequenas empresas, que assinam a maioria das carteiras de trabalho do país, mas que também são mais vulneráveis às oscilações do mercado.<br /> <br /> <u><strong>Novos públicos</strong></u><br /> <br /> <em>“Às vezes, perder uma venda pode, sim, ajudar no faturamento”. A frase pegou muitos empresários de surpresa, mas Luiz Eugênio logo explicou que a nova máxima serve para que o comerciante saiba avaliar um bom negócio. “O foco está em receber, não só em vender”,</em> esclareceu o palestrante.<br /> <br /> Neste cenário, os investimentos para atender as classes de consumo A e B, de maior poder aquisitivo, podem ser um caminho bastante lucrativo para o comerciante. <em>“Mas esse público é mais exigente e vai demandar uma atenção maior por parte do empresário”.</em><br /> <br /> Contudo, Luiz Eugênio deixa claro que, apesar de ter que gastar um pouco mais na infraestrutura e nos insumos de seu negócio, pequenas mudanças já fazem a diferença. “Uma água servida numa taça para o cliente já faz toda a diferença”, exemplificou o empresário. <em>“Até mesmo uma iluminação diferenciada cria uma ambiente mais confortável e sofisticado para a compra</em>”, acrescentou.<br /> <br /> <u><strong>E Araguaína tem classes A e B?</strong></u><br /> <br /> Sim, e muito, segundo explanou Luiz Eugênio. Com dados sobre a evolução do Índice de Desenvolvimento Humano nos últimos 20 anos, o palestrante mostrou que nossa cidade passou de 25% de crianças na escola em 1991 para 98% em 2010. A expectativa de vida também subiu de 61 anos há 20 anos para 74 anos hoje. <em>“E isto reflete numa população com mais renda”, explicou o palestrante. “Por isso é preciso valorizar a cidade e os investimentos locais porque Araguaína tem, sim, consumidores de classes mais altas. Mas eles costumam ser bastante exigentes e não é fácil fidelizá-los”.</em><br /> <br /> <u><strong>Como conquistá-los?</strong></u><br /> <br /> A gestão de negócio sempre será fundamental. <em>“Não adianta você vender muito, arrecadar, mas não saber lidar com o fluxo de caixa, por exemplo. O grande erro do empresário é preocupar-se demais com a margem de lucro, sendo que há outros elementos que vão ser determinantes para o negócio”</em>, alerta Luiz Eugênio.<br /> <br /> Outro ponto chave é investir no colaborador, sempre. Bons salários, elogios por ações bem feitas, motivação e qualificação são alguns elementos básicos para formar uma equipe coesa e engajada no propósito da empresa. <em>“O comerciante precisa ter em mente que o maior patrimônio deles são os clientes e seus colaboradores. A atenção para esses dois tem que ser constante”</em>, pontua o palestrante.<br /> <br /> Para o presidente da ACIARA, Manoel de Assis Silva, o bate papo com Luiz Eugênio abre um novo horizonte de possibilidades para os empresários locais, que sempre anseiam por novos investimentos. <em>“Aproveitar as potencialidades destas classes de consumo mais exigentes são ótimos caminhos para o crescimento de uma empresa. Mas todas as dicas e orientações do palestrante servem também para aplicarmos no dia a dia do comércio, com todos os tipos de consumidores</em>”, finaliza Manoel.</span>