Saúde

Pela 1ª vez, Tocantins irá receber mais de 18 mil testes rápidos para diagnóstico de dengue

Estado do Tocantins apresenta tendência de aumento de casos das arboviroses.

Por Conteúdo AF Notícias
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22/01/2025 16h52 - Atualizado há 3 semanas
Fique atento a manchas vermelhas no corpo, febre, dores de cabeça e dores atrás dos olhos

Notícias do Tocantins – Para reduzir os casos e óbitos por dengue, Zika e chikungunya durante o período sazonal no Brasil, o Governo Federal intensificou, a partir da segunda-feira, 20 de janeiro, a campanha de conscientização e mobilização, com foco nos estados que apresentam tendência de aumento de casos das arboviroses. O Tocantins é um deles.

O foco da campanha está nos sintomas das doenças, com o slogan: “Tem sintomas? A hora de ficar atento à dengue, Zika e chikungunya é agora.” A campanha incentiva a população a procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) ao identificar sinais como manchas vermelhas no corpo, febre, dores de cabeça e dores atrás dos olhos.

A iniciativa é direcionada aos estados do Tocantins, Acre, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e ao Distrito Federal.

O Tocantins registrou 3.664 casos notificados de dengue e, com base nesse número, receberá 18.100 testes rápidos para diagnóstico da doença.

Outra ação que integra os esforços no combate à dengue inclui a distribuição de 6,5 milhões de testes rápidos inéditos para diagnóstico da doença em todos os estados do país. É a primeira vez que o Governo Federal envia esse tipo de teste. O intuito é ampliar a identificação precoce dos casos, especialmente em localidades distantes e com acesso limitado a serviços laboratoriais. O investimento federal soma mais de R$ 17,3 milhões. A distribuição vai começar na próxima semana e os gestores estaduais serão orientados por meio de uma nota técnica com critérios de uso.

CAMPANHA

A campanha segue nos canais digitais do Ministério da Saúde e canais abertos de televisão, rádio e jornais locais de grande circulação. O objetivo é chamar a atenção para a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti e incentivar a população a dedicar 10 minutos por semana para controlar os focos de reprodução do inseto.

A campanha é parte de um esforço amplificado do Governo Federal para reforçar a vigilância e a prevenção das arboviroses, especialmente no período chuvoso. Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o governo tem trabalhado para reduzir os casos e óbitos causados por essas doenças. “Estamos unindo esforços para proteger a população durante o período mais crítico. Diagnóstico precoce, prevenção e assistência médica são nossas prioridades”, destacou a ministra.

Além da conscientização, o Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação contra a dengue como estratégia preventiva, embora a disponibilidade de doses ainda dependa do fornecimento pelos fabricantes.

SINTOMAS

Os sintomas da dengue geralmente surgem entre 4 e 10 dias após a picada do mosquito infectado e podem variar de leves a graves. Os sinais mais comuns incluem:

- Febre alta de início abrupto;
- Dor de cabeça intensa, especialmente atrás dos olhos.
- Dores musculares e nas articulações
- Diarreia
- Náuseas e vômitos
- Dor nas costas
- Manchas vermelhas na pele (exantema).
- Conjuntivite (olhos vermelhos)

TESTES INÉDITOS

Dos 6,5 milhões de testes rápidos para identificar dengue, 4,5 milhões serão distribuídos na primeira remessa. Os dois milhões de testes restantes serão utilizados como estoque estratégico para atender as localidades que possam apresentar acréscimo no número de casos e necessitem de uma resposta rápida no diagnóstico. O processo de aquisição dos testes rápidos foi iniciado em 2024.

O Sistema Único de Saúde (SUS) já possui outros dois tipos de testes para identificação da dengue: o de biologia molecular e o sorológico, ambos disponíveis nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen). Com o anúncio do Governo Federal, a população passa a contar com uma terceira opção, que é o teste rápido, capaz de detectar a presença do vírus da dengue, mas sem identificar o sorotipo. Esses testes estarão disponíveis na rede pública, como Unidades Básicas de Saúde, conforme a distribuição da gestão local.

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