<u><span style="font-size:14px;">Da Redação</span></u><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Muitos gostariam de impedir a ação do tempo no corpo humano. A cada dia novos recursos auxiliam no combate aos degastes advindos com o passar dos anos, porém alguns deles são quase impossíveis de serem evitados.<br /> <br /> Para isto os tratamentos também evoluem a cada dia, e em alguns casos, quando são aliados a ações que estimulam o bem estar de quem sofre de algum mal, os resultados podem ser ainda mais positivos.<br /> <br /> É o caso da surdez em idosos, chamada de presbiacusia, considerada a causa mais comum de perda auditiva progressiva e começa a surgir em torno dos 50 anos com predomínio de até 60% nos indivíduos com mais de 75 anos de idade.<br /> <br /> <em>“O envelhecimento é um conjunto de modificações fisiológicas que ocorrem no organismo em função da ação do tempo. E o tempo também age nos nossos sentidos, inclusive na audição. O grande problema da presbiacusia é que ela é lenta e progressiva e o paciente, na maioria das vezes, não tem a consciência de quanto a sua deficiência auditiva limita sua percepção dos sons no seu dia a dia”</em>, explica Wilian Mattos, médico especialista em Otorrinolaringologia.<br /> <br /> A partir daí são desencadeados outros comportamentos muito comuns, devido a não percepção do que realmente está funcionando mal.<br /> <br /> O idoso apresenta baixa auto-estima em relação à sua capacidade auditiva, vergonha, negação, sensação de inferioridade, depressão, irritabilidade, dificuldade de relacionamentos, isolamento social e até mesmo familiar.<br /> <br /> <em>“O paciente passa a se encontrar incapaz de fazer coisas de seu cotidiano como frequentar igrejas, teatro, cinema e mesmo para lazeres domésticos como ouvir rádio e assistir televisão. Os riscos de se ingnorar que algo realmente não vai bem, além de desencadear uma depressão no idoso, pode aumentar o risco de acidentes, por não ouvirem as pessoas ao seu redor, ou mesmo um veículo se aproximando</em>”, alerta Marina Valim, médica geriatra.<br /> <br /> E a busca rápida por tratamento pode ser o principal aliado. <em>“A própria população idosa, como está cada vez mais ativa e buscando uma vida mais saudável, acaba procurando o otorrinolaringologista a fim de acabar com esse problema cada vez mais cedo, inclusive buscando o tratamento a partir do estímulo de uma convivência maior e mais próxima com os netos. Pra isso, é necessário ouvi- los bem”</em>, destaca Wilian Mattos.<br /> <br /> <br /> <u><strong>Tratamento Médico</strong></u><br /> <br /> Aliar o bom convívio familiar com um tratamento médico é a receita certa a uma qualidade de vida do idoso. O tratamento para a presbiacusia deve seguir uma investigação clínica criteriosa com um médico especialita na área de otorrinolaringologia.<br /> <br /> Com o auxílio de alguns exames como a Audiometria e Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (BERA), é possível a escolha do tratamento ideal.<br /> <br /> Atualmente o tratamento mais indicado é o uso de próteses auditivas que, com as novas tecnologias, estão sendo cada vez melhor recebidas pelos pacientes, diminuindo o preconceito para o seu uso.<br /> <br /> <em>“Basicamente, o tratamento visa manter a via auditiva funcionando. Se a privação ao som se prolonga, aquela via do nervo até o cérebro deixa de funcionar. Em poucas palavras, o cérebro deixa de aprender a escutar. E quanto mais precoce a protetização, menor é o declínio cognitivo do idoso, ou seja, se esse estímulo do som continua, o cérebro tem a capacidade de ‘reaprender a ouvir’, é a chamada neuroplasticidade”</em>, complementa Wilian Mattos, médico otorrinolaringologista.</span>