<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;">Antes o problema era a escassez de vagas no mercado de trabalho. Hoje, a escassez é de mão de obra, principalmente a qualificada. Não é de hoje que empresas de todos os portes reclamam da falta de profissionais capacitados para as funções estratégicas dentro das empresas. <em>“E, como consequência, o empreendimento deixa de crescer e reduz sua capacidade de empregabilidade”</em>, atesta o contador da Brasil Price, Ronaldo Dias. Na região norte, 17,37% das empresas não conseguem encontrar profissionais preparados. O campeão é o Sudeste, com 84,43%.<br /> <br /> <u><strong>Diagnóstico</strong></u><br /> <br /> A Fundação Dom Cabral realizou uma pesquisa com 167 empresas que respondem por 23% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. E o resultado foi estarrecedor: em 2013, 91% das empresas tiveram dificuldades para contratar. Os cargos mais escassos foram os de compradores (72%), técnicos (66%) e administradores (65%). “<em>Às vezes o problema pode estar na falta de cursos e faculdade em uma região. Às vezes pode ser falta de empenho do próprio cidadão”</em>, pondera Dias.<br /> <br /> A pesquisa ainda mostrou que entre os motivos que complicam a contratação da mão de obra, 58,08% estavam na deficiência na formação básica, cidadãos que chegam ao mercado de trabalho com dificuldades em fazer contas simples ou interpretar textos. <em>“Nestes casos, as empresas precisam investir em capacitação. Muitas vêem isso como aumento nos custos, mas não é bem assim”</em>, explica Ronaldo<br /> <br /> <u><strong>Possível solução</strong></u><br /> <br /> Para o contador, apenas reclamar das deficiências do mercado de mão de obra não vai resolver o problema. <em>“O primeiro passo é reconhecer o cenário em que se está instalado e abrir oportunidades. Reduzir as exigências na contratação, como a experiência, por exemplo, já é uma atitude importante”</em>, coloca Dias.<br /> <br /> Outra opção é moldar o funcionário conforme suas necessidades, organizando e documentando os processos e tarefas a realizar, além de mesclar profissionais experientes com jovens talentos. <em>“A Brasil Price tem feito isso para buscar driblar a escassez de mão de obra. Já treinamos e capacitamos dezenas de contadores e, hoje, muitos estão capacitados e inseridos no mercado de trabalho ou até mesmo empreendendo por conta própria”</em>, conta Ronaldo.<br /> <br /> Uma rede de lojas de roupas de Araguaína também transformou a formação de profissionais em filosofia na empresa, segundo conta a representante do Departamento Pessoal, Silvana Vilela. <em>“Já passamos pela situação de não ter gente qualificada para assumir os postos oferecidos. E isso afeta, sim, nossa lucratividade</em>”, conta. Mas o investimento teve um saldo positivo. <em>“Não consideramos um gasto. Até porque, depois de experiente, o funcionário fica mais produtivo e a empresa ganha com isso”</em>, afirma Silvana. <em>(Assessoria Brasil Price)</em></span></div>