Policiais cumprem mandados em Araguaína, em Goiás e no DF.
A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União deflagraram uma operação com a finalidade de desarticular um esquema criminoso direcionado a realizar desvios de recursos do Fundo Municipal de Saúde de Araguaína (TO). Os alvos da operação são os diretores e prestadores de serviços do Instituto Saúde e Cidadania (Isac), responsável pela gestão das principais unidades de saúde do município.
Denominada de ‘Sempiternus’, a operação foi deflagrada nesta quarta-feira (24). Aproximadamente 70 policiais federais cumprem 17 mandados de busca e apreensão em Araguaína e em municípios do Estado de Goiás e no Distrito Federal. Todos foram expedidos pela 1ª Vara Federal Cível e Criminal da Justiça Federal de Araguaína.
Durante as investigações, a Polícia Federal apurou que o esquema criminoso se utilizava de uma organização social contratada para gerenciamento, operacionalização e execução das ações e serviços de saúde do Hospital Municipal de Araguaína (HMA), Ambulatório Municipal de Especialidades (AME) e Unidade de Pronto Atendimento (UPA), de onde eram desviados recursos do Fundo Municipal de Saúde. As unidades de saúde são geridas atualmente pelo Instituto Saúde e Cidadania (Isac).
Além da obtenção de novas provas, a operação busca interromper a continuidade das supostas ações criminosas, delimitar a conduta dos investigados, bem como resguardar a aplicação da lei penal.
Os investigados são suspeitos de cometer os crimes de fraude a licitação, peculato e organização criminosa.
O QUE DIZ O ISAC
Em nota, o Instituto Saúde e Cidadania (ISAC) disse que respeita todas as normas legais vigentes e está à disposição da Polícia Federal para contribuir com a investigação. "No momento, a instituição está se inteirando os detalhes das investigações à medida que a Polícia Federal cumpre os mandados", ressalta a nota.
NOME DA OPERAÇÃO
A operação foi denominada de ‘Sempiternus’, que é em latim a origem etimológica da palavra Sempiterno, cujo significado é algo que é constante, eterno, em referência a perpetuidade da ação criminosa que atinge o Fundo Municipal de Saúde de Araguaína desde a antiga organização social que geria órgãos da saúde do município e também esteve sob investigação da Polícia Federal no ano de 2018.